domingo, 29 de novembro de 2009

Nova Tag Fotos: Maresias - SP

Uma foto, definitivamente, não vale mais do que mil palavras, entretanto, engloba umas quinhentas, creio eu. Ultimamente tenho escrito mais em folhas avulsas do que parado para digitar no computador. Tendo em vista que não faço cópia de segurança de nada, resolvi postá-las para um dia não perdê-las. Não se acostumem, pois não consigo expressar-me tão bem com as fotos. Como o próprio nome da "tag" diz; fotos= fotos! Tenho aproximadamente umas 3 mil fotos, vou postá-las ao longo da minha falta de criatividade/tempo/preguiça de escrever...

Maresias, 19 de novembro de 2008. Uma viagem planejada por dois grandes amigos em apenas quinze minutos de conversa telefônica, assim do nada, num estalo. - Vamos? - Sim, mas não tenho dinheiro, tempo e onde ficar. - Isso é o que menos importa! - Então que hora partimos? - Agora... - Fechou!


Eu não dirijo sem óculos, não troco pneus, comando o play-list do som, escolho os caminhos errados, vou comendo e falando a viagem toda - mas sei que sem mim a viagem não teria sido a mesma coisa. Não mesmo! (Pneu furado numa curva, descendo a serra; viagem atrasada umas três horas, mas para falar a verdade, quem tinha pressa de chegar?)

Tenho uma facilidade ímpar para fazer amizades, sejam duradouras ou momentâneas - devido à distância, o contato físico e os encontros são raros, mas quando acontecem, dá nisso...
(Sexta-feira chuvosa, não lembro o nome do bar (...)oficina-alguma-coisa, mas o ambiente era muito legal, uma mistura de pub-club-pizza; rodamos bastante para achar algum lugar que tivesse vaga para comermos, mas valeu a pena pelas companhias e pela comida também.)


É "titio", nosso nome é trabalho!!! E que trabalho nos demos! ahahahahaha.
(Sábado de sol, hotel Siribai, almoço demorado...há, que pressa que eu estava - "Quem só almoça tem direito à entrar no SPA? tsc, tsc, tsc.)


Nunca fiz amigos bebendo leite, "burb"...
(Foreing friends, lual, Whisky, pernilongos, velas...ué, cade o japa??? ahahahhaheaeh).


Há algum tempo não reservava um tempo para mim e para o mar e o reencontro foi em forma de estouro. Senti-me lavado, dos pés à cabeça. (Pouco importava as horas, mas era tarde...)


Há, escrever dentro de um quarto fechado, trabalhar de preto, andar somente de carro tem destas; digamos que eu e o sol não temos muita afinidade durante o ano todo...


Vai buscar mais cerveja Taka...


Que eu faço companhia para nossas amigas estrangeiras...


Bronzeador querida? (Ps.: ela me ensinou (em compreensível português com sotaque hebraico) as causas do conflito na faixa de Gaza e expôs os argumentos de Israel por querer explodir a Palestina, na visão de uma judia, claro. Enquanto eles se matam, nós vivemos por aqui.


Estava me esquecendo da noite em Maresias (...) Mas cadê o resto das fotos japa? Haaa...verdade! Eu estava me esquecendo...
Bom, estrelando: Marcelo Takahashi, Fabiano Pereira e Leonardo Bácaro.


Foi uma das melhores viagens da minha vida. Na verdade foi a que eu mais aproveitei em todos os sentidos - e haja sentidos. Demorei certo tempo para assimilar este tipo de comportamento que muitos chamam de "viver", agora não penso duas vezes, sequer penso; basta um pouco de ousadia, bons amigos e a vontade de se divertir.




Trilha sonora; (uma das favoritas na estrada...)
(...) I’ve got to be true to myself. Sempre!!!!!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sim sinhô coroné!




Não me causou estranheza a autoproclamação de Roberto Requião ao pleito de uma candidatura própria do PMDB à presidência da república. Mas o que me assusta mesmo é o seu discurso teoricamente pró-nacionalismo. Requião, esquece-se que, no seu discurso - no qual diz que apresentaria uma proposta desvinculada de interesses financeiros – foge totalmente à realidade dos avanços sociais, conseguidos hoje, claro, com o empenho do governo; entretanto às custas de recordes de arrecadação de impostos justamente sobre as mercadorias e serviços geradas pelos interesses financeiros.

Na verdade “liberalismo” seja qual for o contexto no qual se encaixe, não faz parte do vocabulário de sua excelência, Roberto Requião, donatário da capitania hereditária do Paraná.

É famoso por centralizar todas as suas decisões, utilizar-se de todas as ferramentas governamentais para cercear os direitos de quem o contrapõe: censurando literalmente a imprensa paranaense, demitindo líderes sindicais, pressionando o poder judiciário e claro, usando órgãos de imprensa pública para atacar seus adversários. Dentre outros “traços de personalidade”, nosso governador é famoso simplesmente por não cumprir ordens judiciais. Além de ter inúmeros processos que só não tem prosseguimento graças à sua imunidade governamental, que impedem que os seus desmandos sejam julgados pela justiça comum.

Requião se declarou “lulista de carteirinha” em entrevista à Carta Capital, mas na verdade, suas características o credenciam a um “chavista de carteirinha”. O Estado do Paraná não tem um governador, uma figura representativa do povo, o Paraná tem um dono. Questionem-no e verão o quão grande é sua fúria, ira e falta de argumentos para um debate corriqueiro num estado democrático de direito.

Lamentavelmente estamos acostumados com tudo isso; há quem diga que os coronéis estão em extinção ou centralizados em regiões pouco desenvolvidas, mas a realidade é outra - estamos todos sob o crivo de seus aguçados chicotes.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O pão que o diabo amassou.


Receita de pão que o diabo amassou.

Ingredientes:
15 quilos de mistura de farinha preparada para pão.
1 quilo de açúcar cristal.
500 gramas de margarina vegetal.
500 gramas de fermento biológico.
5 litros de água potável.

Rendimento:
380 a 400 pães.

Modo de preparo:
Colocar a mistura de farinha dentro da masseira, ir adicionando água aos poucos até formar uma liga. Adicionar o açúcar, colocando simultaneamente a água. Em seguida, misturar a margarina à massa e, por fim, adicionar o fermento biológico. Deixar misturar dentro da máquina para que a massa fique totalmente homogênea.
Logo na seqüência, retirar toda a massa e cortá-la em postas de aproximadamente 2,5 quilos. Passar pelo cilindro industrial cada pedaço vagarosamente por cinco vezes, observando sempre a consistência da massa.
Em seguida colocar os pedaços na prensa de separação, onde cada pão irá adquirir peso e formato ideal, antes de passar novamente pelo cilindro e finalmente serem acomodados nas bandejas para repouso. Nesta fase os pães serão separados uns dos outros e armazenados nas esteiras de uma estufa elétrica, onde ficarão por aproximadamente 40 minutos em repouso sazonal, em temperatura controlada em exatos 40º C.
Terminado o processo de preparação da massa, os pães são espaçados uns dos outros dentro da bandeja e encaminhados ao forno à lenha, onde serão assados por 20 minutos a uma temperatura de 170º C.

O processo:
Quatro são os envolvidos no processo de produção; cada qual com sua função específica, contudo todos a par de todas as etapas de produção. A interação é dinâmica, o entrosamento é total, o processo de liderança é dividido de acordo com as funções.
A disciplina impera, o controle de qualidade é rígido, a dedicação é exclusiva – a demanda é alta e o tempo escasso - logo as perdas durante o processo são logo superadas.

O produto final:
São 2500 pães diários; sendo 250 para consumo funcional diário da unidade; outros 250 para funcionários das demais. 500 para consumo da população carcerária local e outros 1000 para as outras e o restante fica estocado para emergências.

Receita de pão que as circunstâncias amassaram.

Ingredientes:
1 latrocida.
1 assaltante de joalherias e carros-forte.
1 traficante de pasta-base de cocaína e todos os seus sub-produtos.
1 ladrão* (Extensa ficha criminal).

Modo de preparo:
Pegue a falta de oportunidade; de acessos a recursos básicos; junte tudo isso a uma educação familiar desestruturada, violência e injustiças e têm-se a base da preparação. Misture tudo com o oportunismo; ganhos fáceis em curto tempo, adicione motivos intrínsecos de falta de caráter,sentimento de inferioridade, revolta e ganancia e covardia.
Misture tudo até transformar numa massa densa e concentrada, de difícil desvencilhamento ao entrar em contato. Deixe-a fermentar livremente, crescendo desordenadamente. Separe-a da sua realidade; ignore-a e a jogue dentro de uma panela de pressão e deixe cozinhar até que exploda e espalhe por todos os cantos e, respingue em você, mesmo que indiretamente.

O processo:
Juntos, os quatro envolvidos acumulam mais de 150 anos de condenação. Todos reincidentes; nenhum com menos de trinta anos de idade – contrariando as estatísticas. Unidos por uma única causa - a sua própria remissão de pena, a chance de encurtar sua estadia intra-muros. São habilidosos e ardilosos ao mesmo tempo. Ágeis com as mãos e com os olhares, passam o tempo concentrados no ofício de padeiro e nos meus movimentos.

O resultado final:
Os pães são de primeiríssima qualidade; feitos com aparente cuidado, interesses diversos e muita sede de liberdade. Eu provo o produto sempre e o resultado é sempre satisfatório; diferentemente da segunda receita, que por mais dedicação e qualidade do material, o produto final é sempre rejeitado, não passa pelo controle de qualidade e volta para a panela de pressão novamente.
Serão sempre bem-vindos...

(...) Aprendi a fazer pão no meu trabalho, apesar de não ser padeiro e não estar numa padaria convencional - mas foi um dia divertido, ou melhor, produtivo. Afinal de contas, quem está comendo o pão que o diabo amassou: nós ou eles?

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O casamento dos meus melhores amigos II.




Ache o “Tony da Kellog's” na foto.

Ele pode estar escondido por detrás de frustrações – experiências incrustadas em arrependimento próprio ou feliz por não ser parte integrante de um relacionamento fadado à monotonia.

Esquivar-se das suas próprias escolhas definitivas por intransigência emocional, com a escusa de que não há ser capaz ou com tal característica de o manter ocupado por mais de uns dias ou simplesmente um ser melancólico - que gosta de ruminar velhas cartas de amor, daquelas escritas há mais de quatro anos, manuscritas, ainda com leve aroma de arrependimento.

Está nos olhos de quem vê e, também, na minha consciência. Apesar de, Tony está muito feliz na foto: escondido ou não; arrependido ou não; solteiro ou não.

Cuidem bem das suas esposas, meus amigos; pois um dia (um dia...) o Tony cuidará muito bem da dele!

Por ora, Tony brinda aos seus melhores amigos; agora casados!