tag:blogger.com,1999:blog-49682709336511344132024-02-06T23:15:16.161-03:00Quod me nutrit me destruit.Se um dia eu acordar querendo mudar tudo de lugar, trocar de nome, arrumar novos amigos, procurar outro trabalho, virar vegetariano e comprar um cachorro; não me dêem ouvidos.pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.comBlogger220125tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-43742591725843100332020-09-27T11:45:00.001-03:002020-09-27T11:47:44.677-03:00Das oportunidades passadas<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; text-align: justify;">Sinceramente
não sei responder quando tudo começou; talvez in útero, ou numa reprogramação
para reencarnar; ou quando comecei a desenvolver meu senso crítico.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Minha
primeira frustração foi ser reprovado num “Vestibulinho”; por diversos motivos.
O determinante foi não querer tal mudança – sair da escola pública e ir para o
ensino privado. Somado à minha falta de aplicação nas sessões de estudo, em
seguir o cronograma, o desdém com o meu futuro. Acredito que não fui muito
estimulado para tal empreitada ou mesmo forçado, espremido. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Era
o melhor para mim, sem dúvida; teria diversas dificuldades de aprendizado, de
socialização, afinal seria um “semi-bolsista”, metade mérito, metade custeado
pelos meus padrinhos. A notícia que tive foi que fui reprovado. Não me recordo
muito da prova, estava deveras incompreensível, focada em exatas e literatura -
calcanhares de Aquiles do ensino público. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Às vezes
penso que, apesar do meu desempenho não ter sido acima da média, era um bom
aluno e excelentes em determinadas disciplinas. Talvez tenha passado, o ensino
particular é movido a números, que resultam em cifras. Penso que fui
desacreditado, que talvez seria um dinheiro investido que seria perdido ou
talvez minha vontade tenha prevalecido -<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>que era a de permanecer na minha primeira zona de conforto. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Poderia
ter sido diferente. Ou não. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Fato
é que nunca fui influenciado durante minha formação; cobrado, orientado. Sempre
tive o livre arbítrio de escolher meus caminhos antes mesmo da formação da
minha personalidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Apesar
das limitações estruturais, de recursos e material didático; tive excelentes
professores, mas estávamos anos luz atrás em questão de conteúdo quando
comparado aos colégios particulares. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Tive
o primeiro contato com o preterido colégio quando participava da equipe de vôlei
da minha escola na categoria pré-mirim. Foi um jogo disputado. Foi um jogo
amistoso; ganhamos com uma boa margem. O clima era extremamente amigável; fui
surpreendido, percebi que éramos todos iguais; crianças, outros pré
adolescentes e estamos interessados em nos divertir. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao
final da partida fomos convidados a conhecer a estrutura – era incrível. Mas
era tarde, tinha feito a minha escolha; abdiquei da minha primeira grande
chance da minha vida e tenho a mais plena convicção que meu futuro poderia ter
sido diferente. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Não
que signifique algo, mas meus parentes que se formaram neste colégio, nenhum
concluiu sequer um curso superior. Eu me subestimei pela primeira vez na vida,
aos nove para dez anos de idade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-3109579303650022842020-08-23T20:14:00.002-03:002020-09-27T10:24:44.621-03:00192<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimTrwYuXs1hruB5CU41ZlC5zfjnN9ckMAY-IyffyMiy2fZS3hdPkj1Hpji7MW4FLbkqMEeAhYQlKfNelI18iaYowPjIYbuLWMms1o8Kd7BxlXtIpSsZNLtWRkgg1-RQ7DMtdtd4NqKpfA/s598/192.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="465" data-original-width="598" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimTrwYuXs1hruB5CU41ZlC5zfjnN9ckMAY-IyffyMiy2fZS3hdPkj1Hpji7MW4FLbkqMEeAhYQlKfNelI18iaYowPjIYbuLWMms1o8Kd7BxlXtIpSsZNLtWRkgg1-RQ7DMtdtd4NqKpfA/s0/192.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Já
flertamos algumas vezes, de fato - mas nada tão agressivo quanto agora; porque
não me levou? Porque me bateu tanto, me fez sentir falta de ar, sede, fez cada
nervo do meu corpo se contrair de uma forma tão violenta que deixaram hematomas,
tonturas, calafrios e hipertermia. E como num looping, me fez retornar ao ponto
zero novamente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Cá
estou, vivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Estava
inerte na cama, já não sentia o lado direito do corpo; tudo formigava, estava
chegando a hora - pensava. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Senti
uma sede sem fim, mas ao mesmo tempo meu corpo dizia para não beber água pois
iria engasgar; perdi o controle dos meus olhos, dos lábios; já não via mais
nada, não fazia sinapse, lutava para manter uma respiração continua e
prolongada; não queria um último suspiro e pelo visto nem VOCÊ. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Eu
implorei pela minha vida, VOCÊ quis isso. Eu pedi por ela, tamanho era o medo
que senti. Eu senti desespero, balbuciava: não, não, não quero morrer.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Comecei
a juntar todos fragmentos de conhecimento sobre vida e morte que havia
assimilado durante a minha existência: um dos últimos sinais de vida é sentir
sede; frio e pedir perdão. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Pressionei
minha língua com força contra o assoalho da boca para não contrair e me
asfixiar; tentei me manter na mesma posição. Queria pedir perdão para tantas
pessoas, mas nenhuma estava próxima, então pedi para a que estava por perto, por
fazê-lo presenciar seu melhor amigo ter uma intoxicação por tudo quando é tipo
de dor e ficar no limiar entre a vida e a morte.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Fez-me
sentir medo, pedir ajuda, recolher-me à minha insignificância diante da
vastidão da vida. Meu coração batia tão forte, mas tão forte que era visível as
suas contrações, meu peito enrubescia e escurecia conforme as contrações;
ficara vermelho escuro, quisera explodir, sair tudo para fora; musculatura,
pleura, pulmão, artérias e veias e sangue, muito sangue.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Não
as contava, apenas aspirava que parasse logo, que meu olhos se revirando centralizassem,
a sudorese evaporasse, meu corpo silenciasse e finalmente eu pudesse descansar.
Senti uma miscelânea de sensações físicas que nunca senti.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nestes
instantes para me desvencilhar da dor, do desespero e do incerto; pensava em
como seria esta transição corpo x espírito; será que alguém iria me buscar ou
se simplesmente fecharia os olhos, escureceria tudo e era chegado <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fim. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Fiquei
esperando alguém me buscar pela mão de verdade, mas ninguém veio. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Nem
para cima, nem para baixo. Nem de branco, nem de preto. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
que estava querendo me dizer? Qual era a mensagem? Era que, a hora que você
quisesse, eu seria um sopro, um estalo de dedos, um grão de poeira?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Seu
esforço parece ser contraproducente. Quanto mais me precavê e me alerta; mais
longe tento ir.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">As
crises estão se tornando mais intensas; mas não desistimos. Eu, indo no meu
limite, VOCÊ tentando mostrar que a tendência não é sobreviver, mas sim viver. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Fui
me recuperando aos poucos; quando pensei em desistir; quando o ar me faltava,
os olhos reviravam, os lábios pretejavam, minha boca estava estática com a
glote seca; contrações involuntárias e violentas; veio um silencio sepulcral. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Sabia
que não tinha morrido, meus braços se estiraram na cama, já movia o pescoço,
engolia lentamente saliva, a dor passara - meu amigo comemorava, pedia eu para
aguentar o socorro. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Aos
poucos me restabeleci; sem tomar nada, nenhuma ajuda profissional, meu corpo
estabelecia a homeostase. Do nada, simples assim, contra todos os prognósticos.
Por nada. Eu não entendi. Era para eu ter morrido, apesar do medo, estava
pronto para isso. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Enquanto
me recuperava na ambulância, já respondia todas as perguntas do técnico;
aceitava calado os conselhos e broncas, apenas olhando fixamente numa janela
fechada do carro. Tinha sinais vitais estáveis, apenas o raciocínio lento. Eu
me sentia fraco, envergonhado, culpado, assustado. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Infelizmente
as minhas perguntas ficaram sem resposta; passei por uma avaliação criteriosa; Técnicos
de hospitais se comunicavam gritando: o nome <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do paciente sempre associado ao que eu havia
tomado ou feito. “Fulano que caiu da moto”; “Senhora da pressão”; Fabiano da overdose.
<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Porque
não me leva; seja com dor, sem dor, sofrimento – qual a parte que isso aqui
nunca me apeteceu, ainda não assimilou? Desde os meus tenros oito anos de idade
quando sentia aquelas dores insuportáveis daquela doença autoimune mutilante
que eu não queria fazer parte disso daqui. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Eu
nunca gostei desse lugar, sempre te falei em pensamento. Isso não é para mim,
porque eu tenho que passar por tudo isso? Mas ao mesmo tempo eu não consigo por
si só por um fim nisso; tenho todas as ferramentas, mas isso não é meu mister.
É seu porra!<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Só
me leva cara. Me leva, porque eu não vou fazer isso diretamente, doa o que
doer, mas você vai me levar, porque eu não aguento mais isso que escreveu para
mim.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></p><br /></div><p></p>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-76212900673432474832019-07-03T12:43:00.002-03:002019-11-10T21:18:44.825-03:00Enjoy-se<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Sorveu lentamente até a
minha última gota de felicidade; tornei-me cabisbaixo, fechado, sem expressão e
confiança – matou-me sem assumir a autoria. Estou seco, ao avesso, com escaras
expostas na minha psique; prostrado e com a pior das sensações na alma: A dor
que não se sente, se vive.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Vivo sua vida, respiro
sua rotina, me apego a migalhas das mensagens que raramente dispensa a mim;
leio, releio, interpreto, fantasio e faço alusões; travo batalhas. Tiro conclusões precipitadas; amo-te com a maior das forças existes, ora te culpo, ora
resigno à minha insignificância, aumentando minha baixo-estima. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tento ignorar, excluir,
não me aproximar, mas é um vício, um carma, uma doença. É obsessão pela dor,
pelo sofrimento. Sentir dor é sentir-se vivo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Eu era forte,
autoconfiante, às vezes soberbo, mas era fruto das calcificações da vida e das
experiências. A vida nos torna assim quando chegamos ao limite: ou matamos ou
morremos, não há meio termo; é sobrevivência. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A intensidade resulta
nisso; prazer imediato e depois morte lenta; olho-me no espelho e vejo no
reflexo uma massa enorme de queratina, despenteada e desalinhada; um pouco
grisalha; reparo nos detalhes do rosto, tento me imaginar como eu seria se
tivesse auto controle; procuro por navalhas, tesouras, mas graças ao acaso não
as tenho. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Se teria coragem de me
cortar? Sim, imediatamente. As esterilizaria com álcool estéril – aqueles com
cheiro de hospital e arrancava cada pelo da minha cara e cabeça; com precisão,
firmeza e raiva. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Talvez utilizasse as
lâminas para arrancá-la como se fosse uma metástase que se tornara parte do meu
corpo e se alimenta da minha energia vital, levando-me ao colapso total. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas não teria coragem;
pois quero morrer disso e, se tudo der certo, assim o será. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- Mate-me, mulher.</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<br />pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-37968113405948742072016-12-26T00:13:00.000-02:002016-12-26T00:17:08.845-02:00Open up<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNDZRQ9rjK52TIF-pp_QYcEMDlldYjx0gVASgO00yE-6VHnI5etcFXLOvMK1iVDXXS-OLxqt6bEEWVuTkQ1MGvqmN5-ag0-p7c92xEDKF17IO-VlVH78FpVaR08itJEiWpdXBmtT23mXc/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNDZRQ9rjK52TIF-pp_QYcEMDlldYjx0gVASgO00yE-6VHnI5etcFXLOvMK1iVDXXS-OLxqt6bEEWVuTkQ1MGvqmN5-ag0-p7c92xEDKF17IO-VlVH78FpVaR08itJEiWpdXBmtT23mXc/s320/images.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Queria me confessar, mas procurava um juízo imparcial, por isso voltei para este lugar. Um ano absolutamente estranho; talvez a continuidade dos outros no qual me mantive inerte e aos frangalhos. Tive um comportamento assemelhado ao de Midas, só que ao contrário, tudo que eu tocava estragava, uma alta probabilidade de piorar e gerar consequências irreversíveis. Culminou com dois anos de abandono deste espaço. A continuidade do descaso é o próprio descaso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda tem muita sujeira para limpar, muita água suja correu por estas veias; sentimentos ruins que foram jogado para debaixo do meu travesseiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ao contrário dos anos anteriores, criei expectativas dentro do vazio existencial que estava presenciando. </div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda estou com dificuldades em formular um parágrafo qualquer, concatenar pensamentos e pô-los no papel. Até mesmo a utilização da norma culta ainda me é dificultosa, - atrofiei essa característica.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quero voltar a ler, escrever e viver disso emocionalmente. É o que eu quero para mim novamente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-47016619232493456232015-01-31T22:53:00.003-02:002015-01-31T22:53:47.123-02:00O dia em que morri antes da morte.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ4bFQS8d0wruQo9a4GIv_1vOReOxWvTHwfHQ5muVknyGYLqhDC0vtu-zNmaSl2zqC_901PgjQSq8h6mvwwdCCeKkWt2TQew7hLqJ34PdLdkiOV2MNbjs27vtlTs7Py9CyUXYChM6nsDE/s1600/O+dia+em+que+morri+antes+da+morte..PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ4bFQS8d0wruQo9a4GIv_1vOReOxWvTHwfHQ5muVknyGYLqhDC0vtu-zNmaSl2zqC_901PgjQSq8h6mvwwdCCeKkWt2TQew7hLqJ34PdLdkiOV2MNbjs27vtlTs7Py9CyUXYChM6nsDE/s1600/O+dia+em+que+morri+antes+da+morte..PNG" height="174" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Deveria ter sido comigo; não
tivemos culpa, eu não tive, taoquanto eles, mas a sensação de impotência
naquele momento somado a empatia que sinto pelos colegas de trabalho, me
condenou. Os gritos, as imagens, as faces de desespero, o barulho, a confusão...A
incredulidade. Ninguém imaginava que isso ocorreria da forma como ocorreu,
todos se precaveram, todos se ajudaram, foi feito o possível, esforço sobre
humano sob o que tínhamos; mas minha consciência não absorve este alento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Sempre me mantive frio; uma
das características que aprimorei ao longo dos anos, principalmente em tempos
de crise, mas não estava preparado para isso. Era teoria pura, era o “se”; a
prática desconstrói conceitos. Aconteceu. Ver meus amigos reféns foi a pior
estocada que levei no peito; latejou tanto que inflamou, estava virando um
câncer. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Pensei nas esposas dos meus
amigos vendo pela televisão as notícias, tentando ligar para o trabalho e não
obtendo respostas; pensei nelas tentando explicar o que havia acontecido para
os seus filhos. Comigo seria menos pior, tenho uma família solida, que confia
em mim. Sou frio, mantenho a calma em situações adversas, tenho certeza que
sairia íntegro e não teria que dizer, depois de tudo, que precisava voltar ao
trabalho, pois é o que me sustenta. Tenho menos a perder, é triste mas tenho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Confesso que descobri uma
vulnerabilidade na minha personalidade: ameaçar as pessoas nas quais eu gosto.
Peço água logo, entrego tudo o que tenho no momento; não tenho argumentos
enquanto estão cortanto a minha própria carne e eu não posso reverter a
situação. Da próxima vez (sim haverão), sei como me comportar, empiricamente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">PS.: Não mexa com meus colegas
de trabalho, ok?<o:p></o:p></span></div>
pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-20952123455622085572014-02-06T22:07:00.001-02:002014-02-06T22:07:05.404-02:00SUCEM<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr836jh3UmXkvjh6VNlHQJgTZG3Ev_0roUPFTXqF1cre326iC_j7D4YkMFQAz3UNjeQUhav01oaAuXNNlUJLIlpFiuBmebQZAYQ8MhftZkQP5PKHatqiMFgyJ7CUphFxtaVUyYgJ2pi14/s1600/dengue.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr836jh3UmXkvjh6VNlHQJgTZG3Ev_0roUPFTXqF1cre326iC_j7D4YkMFQAz3UNjeQUhav01oaAuXNNlUJLIlpFiuBmebQZAYQ8MhftZkQP5PKHatqiMFgyJ7CUphFxtaVUyYgJ2pi14/s1600/dengue.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando eu era criança, meados de
1987/88, um dos meus passatempos favoritos era correr arás do “caminhão da
dengue”. Estudava pela tarde -
nosso uniforme era um short semelhante ao da adidas, azul gritante, de
brim, resistente, aberto nas laterais, bem curto. Característico da moda oitentista.
O caminho da escola até minha casa, era
relativamente curto, durava em torno de quinze, talvez vinte minutos. Voltávamos aos bandos. As meninas voltavam com
familiares; nós, nos divertindo. Pisando em cascas de sementes “crocantes”;
jogando coquinho uns nos outros; pegando acerola alheia entre outros, quebrando
tijolos e jogando mamona nas costas dos colegas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Chegava em casa, tomava meu
banho, apresentava o caderno com as tarefas do dia, todas executadas e ia
brincar na rua até o anoitecer, este era o limite. Havia um dia da semana na
qual a extinta SUCEN de Presidente Prudente (Superintendência de controle de
endemias) disponibilizava uma potente D20, adaptada com um equipamento que
vaporizava um potente inseticida que, na teoria, eliminava os mosquitos da
dengue. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Era moleque, adorava desenhar,
sempre fui elogiado pela criatividade com o giz de cera. Sempre ilustrava bem o
vetor da dengue. Tínhamos exaustivas aulas de ciências sobre esta endemia;
detalhes da transmissão, prevenção e tratamento. Era massificado. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas o que me divertia era fechar
todas as janelas, cortinas, colocar um lenço no rosto, tal qual um herói do
bang bang e correr atrás do caminhão. Era um barulho ensurdecedor, ele trafegava
lentamente e, por onde passava, deixava seu rastro de fumaça; a salvação da
humanidade. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dias atrás acordei com
estridentes palmas. Achei que era alguma entrega do serviço de correios, era
cedo, aproximadamente nove horas. Havia trabalhado no dia anterior, caso não
estivesse esperando alguma encomenda, mal me daria o trabalho de me levantar.
Era uma jovem simpática, se identificou como agente de saúde e disse que
precisava vistoriar a minha residência. Prontamente me recompus, pus uma roupa,
abri o portão. Observei atentamente o crachá de identificação e a deixei
entrar. Logo de início, me perguntou se cultivava vasos de plantas, aquários ou
qualquer prática que fosse propícia à proliferação do vetor da dengue. Disse
que não. Logo, pelo meu perfil, simplificou a visita e me disse: - “Onde fica a
dispensa?”. Achei estranho e a questionei. Ela disse que porque o controle
formal era feito num catálogo que era preenchido e deixado neste local. Levei-a
ao local e carimbou o cartão e fez anotações. Depois disso, olhou para mim e
disse um texto padrão, destes bem decorados, no qual fez perguntas para mim,
questionando se eu apresentava algum dos sintomas; talvez uns quinze, da
dengue. Eu disse que não, pois os conhecia. Ela acabou me confessando que, foi intimada
a visitar todas as residências num raio de trezentos metros da minha, pois
haviam diagnosticado um caso de dengue hemorrágica neste período. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Confesso que fiquei assustado,
pois, me lembro bem dos sintomas, causas e efeitos desta moléstia. Aprendi na
escola; escola pública. Abri o portão e fiquei receoso. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Passaram-se quase trinta anos e
ainda este mosquito assola a nossa população. Não consigo entender, pois, no
meu caso, foram necessários APENAS uns meses para entender o perigo disto. Na minha educação eu descobri que existem dois
tipos de “pedagogias”. A de instrução formal e a de “punição”. Se uma não
funciona, se faz necessário utilizar-se da outra. Já é hora de colocar em
prática a segunda opção.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Fabiano Pereira é aspirante a escritor; teve infância, porém não
adolescência; oitentista, sofre de
neofobia; Lê e faz amigos indiscriminadamente; tem problemas com a balança, mas
segundo consta, é feliz.</span></div>
pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-30487235178485646602013-09-30T01:18:00.001-03:002013-09-30T01:23:49.594-03:00Dois de carne com legumes, um pão de alho e uma coquinha de garrafa, por favor.<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: small;">Acordei cedo para um
domingo chuvoso. Assisti aos programas
dominicais da TV aberta ao mesmo tempo em que me atualizava das notícias pelo
telefone celular. Selecionei a minha
região, o meu Estado e cai numa página genérica. Noticias triviais: protestos, acidentes automobilísticos,
movimentação política regional e a notícia da captura de suspeitos de
latrocínio contra a vida de um empresário de Foz do Iguaçu. Fiquei curioso, de
certo, apesar de ser um fato corriqueiro. As pessoas morrem diariamente,
indiscriminadamente e nós nem ficamos sabendo. É tudo muito rápido, um flash. As
pessoas morrem, as famílias ficam em choque, ninguém quer acreditar. O corpo
passa por perícia ao mesmo tempo em que são feitos os preparativos para o
funeral. As pessoas são avisadas às presas, acredito que grande parte nem
comparece ao velório, mas vão ao enterro. Este lapso temporal não demora mais
do que um dia. Talvez você esteja no trabalho, incomunicável, ou viajando, ou
mesmo em casa, sem comunicação por telefone. Quando fica sabendo esta pessoa
não está entre nós. Não é como um parto, ninguém espera pela morte. Nem o mais
pessimista, nem ele. É um instinto - sem sombra de dúvida o nosso mais
incipiente instinto. Eu não sei como reagir, não consigo fazer cognição deste
fato. Particularmente, ninguém que tenha meu sangue morreu, parente consanguíneo
Havia apenas um tio que fora casado com minha tia, contudo ele não era filho da
minha avó. </span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: small;">
Foi uma experiência indescritível, pois eu simplesmente travei. Não expressava
nenhuma emoção, eu não processei este episódio no momento, num primeiro momento
eu agi com frieza, num segundo também. Não quis entender, Não precisava ter que
aceitar a </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">ideia</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: small;"> também porque era algo irreversível: a morte não tem que ser
entendida, tem que ser sentida. Fiquei tento flashes destes momentos por muito
tempo. Liberei um choro desesperado, inconsolável e tardio. Um misto de
sentimentos: culpa, saudades, dor. </span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: small;">
Definitivamente eu não sei como proceder, eu tenho medo. Eu espero a morte sim,
é estranho isso, não é pessimismo, é realismo. Isso não me impede de viver, pelo contrário, me entusiasma.
Minha avó, vai morrer, minha, minha irmã, minhas tias, primos, meus amigos
íntimos. </span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: small;">
Querendo eu ou não. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Quem não sabe o que é
a vida, como poderá saber o que é a morte?<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">(Confúcio)<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A notícia da morte
que me deixou pensativo foi a de um proeminente empresário da cidade pela qual
morei os mais intensos cinco anos da minha vida. Eu o conhecia por ser freqüentador
do seu estabelecimento comercial, sua história era um exemplo de vida e de
orgulho para toda a cidade. Era simpático, aficionado pelo trabalho.
Sinceramente não fiquei chocado com a morte em si, apesar de ser uma grande
perda. Na verdade, a notícia me remeteu às queridas pessoas que passaram na
minha vida nesta época – pessoas incríveis que fazer uma falta que sinceramente
jamais será reposta, verdadeiros irmãos. Era o local onde nos reuníamos no
final de tarde para jogar conversa fora. Obviamente não era isso que ele
queria, logo seria injusto desejar que ele descanse em paz. Na verdade eu
desejo que a família sim, descanse em paz e que tenha sempre ele nas suas
lembranças. <br />
Queria uma imagem que retratasse a morte, mas que fosse desvinculada de alguma
religião ou que não representasse uma punição, mas não encontrei. Link para a notícia:<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><a href="http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2013/09/policiais-prendem-tres-suspeitos-de-terem-matado-empresario-de-foz.html">http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2013/09/policiais-prendem-tres-suspeitos-de-terem-matado-empresario-de-foz.html</a><o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-62769196639338912602013-08-13T00:12:00.002-03:002013-08-13T00:12:40.069-03:00Sete anos no Tibet<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Me peguei hoje sorrindo sozinho,
no transito engarrafado, no caminho para faculdade. Era para ser uma situação
conflitante, estresse, de questionamentos, mas foi apenas um ínterim de
sorrisos. Combustível acabando, sem dinheiro para comprar meu lanche na faculdade,
tarefas acumuladas...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Estava indo para outra jornada,
tão quanto difícil, desafiadora e extenuante. Percebi, que, por um instante,
não teria motivos para reclamar da minha vida, mais especificamente, do meu
trabalho que eu, realmente, gosto do que eu faço. É controverso admitir isso,
até porque estou procurando outros caminhos, mas eu gosto do que eu faço. Por
mais absurdo do que pareça, sim, eu gosto de estar numa cadeia: do ambiente
hostil, da falta de ferramentas, do perigo, do ambiente insalubre, dos quilos
de remédios controlados que eu consumo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há, é uma diversão! Sim, o risco
de vida, o perigo, as minhas habilidades interpessoais postas <st1:personname productid="em xeque. Eu" w:st="on">em xeque. Eu</st1:personname> tomo a
decisão, eu decido, eu ordeno, eu tenho o poder, eu mudo o destino das pessoas
e, por conseguinte, o meu. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Talvez, nestes sete anos, numas
das parcas especializações, a melhor de todas, a melhor frase da minha vida, a
resposta que eu procurava a séculos, que não me deixava dormir, que me deixava
agressivo no transito. Sim, eu sou crítico, sou questionador e o que me motiva
não é o que eu produzo, mas o que eu prospecto. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sabe qual o resultado do meu
trabalho? Sabe? As estatísticas dizem: ele é zero, negativo, insignificante.
Pois bem, eu pensava assim. Ate ouvir as sábias palavras de uma colega, devota
do sistema, psicóloga que me ministrou um curso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sabe qual o resultado do seu
trabalho “cidadão”? Sabe? Tem noção? Pois bem, o resultado do seu trabalho é o
seu próprio trabalho. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Este é o resultado: se ele não
sai como o planejado, ou como as pessoas esperam, eu o fiz. Com devoção, prazer
e afinco. E o resultado é este. Bom ou ruim, isso não me cabe julgar. Eu fiz o
meu melhor, tenho certeza. Dei meu sangue, minha vida, minha segurança pessoal,
mas fiz o meu melhor. Se o resultado não foi o esperado, este, não depende
apenas de mim. Eu sigo as regras, eu me dedico, dou meu sangue, faço além das
minhas possibilidades, mas o resultado não depende tão somente de mim. Depende
quem quer mudar. E isto, as duras penas, não cabe a mim.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Que venha o próximo plantão!</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-61795550594744191192013-01-31T14:49:00.004-02:002013-01-31T14:57:03.230-02:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWQbn6jSzRyxbfjgLMktiRA5nzYmYuwNXIlcJ_0iFH9IRHgQcxet1cHSKpLV-snWqQ_RJIabLUzqc2ilKopWdcYOo2B7kRTxPzIiaSFtZkyWrF8lJCaJ8eGh-_uMH0vZ7rpNWjrVH8i7Q/s1600/Bela+Adormecida..jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWQbn6jSzRyxbfjgLMktiRA5nzYmYuwNXIlcJ_0iFH9IRHgQcxet1cHSKpLV-snWqQ_RJIabLUzqc2ilKopWdcYOo2B7kRTxPzIiaSFtZkyWrF8lJCaJ8eGh-_uMH0vZ7rpNWjrVH8i7Q/s1600/Bela+Adormecida..jpg" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Falta de sono aguça a minha
sensibilidade. Fico perdido em vários mundos contidos em universos
paralelos. Não tenho chão, dimensões, limite tãoquanto equilíbrio.
Meu corpo perde suas extremidades, rastejo para todos os lados. Contorço:
Assimilo espaços vazios. Perco os limites da física. Derreto: desfaço,
desfaleço. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Volto na mesma velocidade que fui. Lento, meus movimentos deixam rastros.
Confusão visual. Perto parece ser longe. Próximo nunca estive. Vejo flashes, imagens desconexas. Faço planos em milésimos de segundos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Executo. Aborto.<br />
Tento gritar. Rodopio. Caio.<br />
A voz não sai. Sons distorcidos soam do meu corpo. Rostos misturados, lembranças embaralhadas.<br />
Sou primeira e terceira pessoa ao mesmo tempo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Irregular, imperfeito. Tento
dormir, apago. Retorno. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Sinto espasmos, me debato.<br />
Desconcentração. Desconforto. Ansiedade. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Sinto força, energia vital. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Explodo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Bocejo, durmo.</span></div>
pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-53696746793568366102012-06-01T17:59:00.002-03:002012-06-02T21:10:09.407-03:00Psiqué.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg02ddT3MHyXZtwOj4y2TAzvmva3xotbSYaTBr-vsayGr8bFxQ2xUbtdf_vyT5iEzah646bjH6MyXefAjwp8hBIsFnQhamyfB0vwFYec4dG1FcUT0GBekArVHV_UjuaxkogUibp1npX8iQ/s1600/Psiqu%C3%A9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg02ddT3MHyXZtwOj4y2TAzvmva3xotbSYaTBr-vsayGr8bFxQ2xUbtdf_vyT5iEzah646bjH6MyXefAjwp8hBIsFnQhamyfB0vwFYec4dG1FcUT0GBekArVHV_UjuaxkogUibp1npX8iQ/s320/Psiqu%C3%A9.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Você precisa viver mais a sua vida, pensar mais em si – nem tudo o que
pode ser um problema para você, realmente o é. Permita-se.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Definitivamente não era o que eu
estava esperando ouvir; queria valorizar minha dor, macular a felicidade,
pormenorizar momentos da minha tristeza. Precisava fazer valer a pena todo
aquele sofrimento, queria que alguém também o sentisse – compartilhar-se comigo
aquela dor, - sim, estou sofrendo demais. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não houve empatia, confesso que
sou avesso a estereótipos de auto-ajuda, na verdade houve uma rejeição por
minha parte. É a primeira impressão, queria saber seus títulos, sua experiência
no que tange ao meu problema, enfim, queria fazer minha avaliação da
profissional.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pouco falei, ouvi teorias das
quais eu já conhecia, técnicas ultrapassadas, mas ouvi conselhos interessantes –,
novamente estou entusiasmado com a teoria da redução de danos. Precisava me
apegar em algo, mesmo podendo pouco me expressar, pude transmitir a minha
mensagem: “Ei, não diminua meus problemas, potencialize-os, valorize-os,
concorde comigo; estou no fundo do poço.”</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A priori, com um diagnóstico
rápido e sucinto, meus problemas foram enquadrados na “carência afetiva”. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>O que te leva a fazer tudo isso Fabiano? Todos nós temos um motivo para
um desvio de comportamento. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fiz como um cão, corri atrás de
um carro, latindo e, quando o carro parou não soube o que fazer. Talvez isso
responderia a sua pergunta: eu não sei o real motivo. Talvez já tenha parado
para pensar, mas nunca tenha chegado a nenhuma conclusão plausível. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Foi só a primeira sessão, afinal.</div>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-18244817324265426312012-05-28T22:14:00.000-03:002012-05-28T22:20:14.079-03:00R.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu0jE7TwA9yWfeFfgXAsLQ6PaCtGf4bM3BSzto7IqIMpXfk6dOq8l4-v6mpTOWzBiPWj2kvq9lKtYkkokQvCuOwuvyf8VyG2hyphenhyphenNE502pJwX6STTDYSJ0giefpgkmfmMei3U24IobNrCCI/s1600/R.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu0jE7TwA9yWfeFfgXAsLQ6PaCtGf4bM3BSzto7IqIMpXfk6dOq8l4-v6mpTOWzBiPWj2kvq9lKtYkkokQvCuOwuvyf8VyG2hyphenhyphenNE502pJwX6STTDYSJ0giefpgkmfmMei3U24IobNrCCI/s200/R.jpg" width="200" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Estava com o pensamento solto,
viajando, quase na que estratosfera, quando me veio à tona lembranças que me
ocorrem de vez em quando, para dizer a verdade freqüentemente, pois nada mais
sou do que um punhado de boas lembranças e muitas aspirações a um futuro feliz.
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Abri a janela, deixei bater a
suave brisa de primavera no meu rosto e respirei fundo. Fechei os olhos e pude
ouvir a sua estridente gargalhada. Simples assim, como sempre, sem motivo
aparente: O e-mail, o pensamento, a gargalhada, a lembrança...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já tive muitas experiências que
me marcaram, mas acredito que três foram as que mais marcaram a minha vida: a
primeira foi você e as outras duas ainda não aconteceram...</div>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-89446811760373174522012-05-28T21:00:00.001-03:002012-05-28T21:00:45.556-03:00Agora.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQnWfB6P-BmC8LGm7ykHmeJofWlOU7Up1mzBl4uXZaJLbOnggK0DfJk4BYpjCSmO88XLCBhHyvljtipFOFHh8_KwiKjs83_pwxVhsePxIeenCrDrFinFbEg5xhUyESJGwHrbaOEamkJpU/s1600/Agora.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQnWfB6P-BmC8LGm7ykHmeJofWlOU7Up1mzBl4uXZaJLbOnggK0DfJk4BYpjCSmO88XLCBhHyvljtipFOFHh8_KwiKjs83_pwxVhsePxIeenCrDrFinFbEg5xhUyESJGwHrbaOEamkJpU/s200/Agora.JPG" width="200" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Às vezes tenho vontade de rasgar
o meu peito com uma tesoura afiada, interromper um fluxo importante de sangue,
faze-lo meu curso e nadar de braçadas. É com este ímpeto que me sinto quando a
existência se torna algo sem atrativos. Não adianta mudar a trilha sonora,
inverter o lado na cama ou ligar a televisão. Faz-se necessário algo que meu
corpo compreende e assimila extremamente de forma lúdica – o meu insaciável
imediatismo. E sou tão apetecido por ele, que deixo de lado até o meu
insuperável ego. Eu desejo o que provenha de forma rápida, tácita e pago
relativamente caro por isso. Sou um bom pagador.</span></div>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-87085593625506396902012-01-03T21:33:00.002-02:002012-01-03T21:36:58.616-02:002012.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheDCkjwE1BrXN7em0o2-a18JXIR08XCRwwULvsELTuAYHJuouyeehczfGjAyNpz5OfpTE_Gim4Wssad_tCPtaKR_jEwIL3t1ghAaTFtas9d7UOZx7E5r3JBXovgUmn1vaovodNwBbR2qw/s1600/2012.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 226px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheDCkjwE1BrXN7em0o2-a18JXIR08XCRwwULvsELTuAYHJuouyeehczfGjAyNpz5OfpTE_Gim4Wssad_tCPtaKR_jEwIL3t1ghAaTFtas9d7UOZx7E5r3JBXovgUmn1vaovodNwBbR2qw/s320/2012.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5693553874563650994" /></a><br /><div style="text-align: center;"><span ><u><br /></u></span></div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Queria poder fugir do clichê e não fazer um balanço do ano que se passou. Ano morno, de mudanças bruscas, de recuperação, de expectativas – ano intermediário, preparatório, enfim, indispensável. Os prognósticos são os melhores possíveis: uma cidade nova, livros novos, estudos, pessoas novas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Novidade me nutre temporariamente, atrai minha atenção; prende-me na janela de expectativas da vida, vendo-as desfilar. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Quero um ano bom, rico e abundante em tudo, é só o que eu quero.</p>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-66841630289024285322011-12-10T19:52:00.003-02:002011-12-11T16:05:14.958-02:00Escolha a alternativa correta.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSmFcJoZotX3vbdZLGWSOwo04ZpCLwRNbaLeKN8sU0Ly9o8QS91sPPllJLoAeqA_MEqUatIhREFYWPERxTiSszSKRbdmAVXOfYCHXWyJtTOAK68uKg9BEszwf6N_u0FvTwbuyhaTzBzf4/s1600/Escolha+a+alternativa+correta.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 236px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSmFcJoZotX3vbdZLGWSOwo04ZpCLwRNbaLeKN8sU0Ly9o8QS91sPPllJLoAeqA_MEqUatIhREFYWPERxTiSszSKRbdmAVXOfYCHXWyJtTOAK68uKg9BEszwf6N_u0FvTwbuyhaTzBzf4/s320/Escolha+a+alternativa+correta.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5684621130509385954" /></a><br /><div><br /></div><div><br /></div><div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Apenas algumas horas para o vestibular: cidade nova, curso novo, vida velha. Sinceramente não sei se é o curso da minha vida, só saberei mesmo quando tiver ano que vem na mesma situação: preparando-me para mais uma escolha. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Como numa peça de teatro, em vez de me desejar sorte, gostaria que me desejassem que eu quebrasse a perna!</p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i>(Lapis, caneta, borracha, água, ansiolítico, auto-controle e pressão).</i></p></div>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-31126081604314540462011-12-09T23:05:00.001-02:002011-12-09T23:13:38.145-02:00Segue o seco.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-ry-dQLfEZnYxgRGOj2357x_0EMh8eMajwle-nnI-V4uosmR9XFHvUWs2-d1WVO1WFTjBOvibskgZpGub2_mygkwKCyZ45iYP2MGRHp8YzekLd284XO0Ig4KnN_OEljCdd5lK7pTnZV0/s1600/Segue+o+seco.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 227px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-ry-dQLfEZnYxgRGOj2357x_0EMh8eMajwle-nnI-V4uosmR9XFHvUWs2-d1WVO1WFTjBOvibskgZpGub2_mygkwKCyZ45iYP2MGRHp8YzekLd284XO0Ig4KnN_OEljCdd5lK7pTnZV0/s320/Segue+o+seco.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5684301321250128418" /></a><br /><div><br /></div><div><br /></div><div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Cai uma chuva fina, lenta, daquelas cadenciadas, na qual você pode prever quando será o próximo pingo; momento propício para embalar o que eu sinto agora. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Achei que seria fácil, pensei que, sem falsa modéstia, eu com minhas habilidades, nos sairíamos bem – poríamos tudo e todos no seu devido lugar e com o tempo, voltaria a exalar <i>SEROTONINA</i> para todos os lados. Recomeçar não é ruim, difícil mesmo é findar um ciclo para depois começar outro. Infelizmente, existem determinadas situações que se sobrepõem as boas perspectivas de uma mudança física. Elas têm peso, um peso vivo, cansativo. É a fase de adaptação ao novo lugar que não pode ser atropelada como deveria: a duzentos quilômetros por hora por minha vontade de interagir. São os estranhos que circulam rapidamente ao meu lado na rua; os que insistem em me ignorar no trabalho; as ruas que tendem a me confundir sempre com seus nomes novos e suas esquinas inexploradas. É o ar seco que alimenta ainda mais minha congestão nasal. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Sinto um leve arrependimento... O sentimento de desafio, agora se encontra adormecido, ao contrário das minhas lembranças de tempos atrás que estão cada vez mais vivas. </p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><i>Ô chuva vem me dizer<br />Se posso ir lá em cima prá derramar você<br />Ó chuva preste atenção<br />Se o povo lá de cima vive na solidão<br />Se acabar não acostumando<br />Se acabar parado calado<br />Se acabar baixinho chorando<br />Se acabar meio abandonado<br />Pode ser lágrimas de São Pedro<br />Ou talvez um grande amor chorando<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal"><i><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal"><i>(Marisa Monte, Segue o seco).<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal"><i><o:p> </o:p></i></p></div>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-66834826378473233222011-12-01T22:45:00.002-02:002012-05-29T15:57:27.173-03:00Um par.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyVdzVtPaJ1sGd1OyR6Ga4DCqw6pyfhwmCIQ8HlR5a1plUnW_hzNKAZvXnreHgAYtCk2zqddsXwxxdrX6aSmk4Q1iXv8OHg2MobgDaypXdIrPeNQ3hm-9x9O2tW_Oiwp3RqX8fH0fJXjo/s1600/Um+par.JPG"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5681326403678856274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyVdzVtPaJ1sGd1OyR6Ga4DCqw6pyfhwmCIQ8HlR5a1plUnW_hzNKAZvXnreHgAYtCk2zqddsXwxxdrX6aSmk4Q1iXv8OHg2MobgDaypXdIrPeNQ3hm-9x9O2tW_Oiwp3RqX8fH0fJXjo/s320/Um+par.JPG" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 320px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 240px;" /></a><br />
<div>
<br /></div>
<div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Um Par</span></b><b>Los Hermanos</b><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Composição: Rodrigo Amarante<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mesmo quando ele consegue o que ele quis,<br />Quando tem já não quer<br />Acha alguma coisa nova na TV<br />O que não pode ter<br />E deixa de gostar<br />Larga mão do que ele já tem<br />Passa então a amar<br />Tudo aquilo que não ganhou<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Dê motivo pra outra vez acreditar<br />Na cascata da vez<br />Que você comprou assim zero mais dez<br />Um presente pra mim<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mas se eu perguntar<br />De onde veio esse agrado<br />Você vai gritar<br />Diz que é homem feito, sei não<br />Ah faça-me o favor<br />Diga ao menos o que foi<br />E se eu faltei em te explicar<br />Diz que a gente sempre foi<br />Um par<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sai domingo diz que é o dia de jogar<br />Mas que jogo eu não sei<br />Fica até segunda o dia clarear<br />E troféu não se vê<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Entra sem falar<br />Sai correndo e volta outra vez<br />Sem cumprimentar<br />Nem parece aquele<br />Eu rezo, ai deus do céu<br />Ou alguém no chão<br />Diga-me o que foi<br />Que eu deixei faltar<br />O que eu não consigo é entender<br />Como é que um filho meu é tão diferente assim<br />De mim<br />Me faz entender.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">(Acho que sou assim, exatamente assim, milimetricamente assim, larga mão do que já tem e passa a desejar tudo aquilo que não ganhou. Isso justifica minha gana, minha vontade e meu descontrolado impulso. Há, se não fossem eles, quem eu seria. A velhice é física apenas, meus atos continuam atemporais. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Abri uma garrafa de cerveja e depositei nela todas as minhas expectativas, respirei fundo, imaginei, desejei, absorvi. Eu quero muito mais, estou lutando e planejando para conseguir mais...entretanto ainda não sei mais o que eu quero...)<span style="text-transform: uppercase;"><o:p></o:p></span></span></i></div>
</div>
<div>
<br /></div>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-47400305082961425492011-12-01T20:54:00.002-02:002011-12-01T20:58:19.376-02:00Toca pra mim...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYkN8umCz9xKqmp6lvgPGCUh_qhZuDjIU4i5BmGSv134l_TXIquWZHD0r3lC_n_O4G18VmcS_opGXWpZFdSE-7TCOG-mvFai4Pj6J7BDV91HCPgb678he2UROvXzI1wohyphenhyphen2QpwcHAcsBs/s1600/Toca+para+mim..jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 241px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYkN8umCz9xKqmp6lvgPGCUh_qhZuDjIU4i5BmGSv134l_TXIquWZHD0r3lC_n_O4G18VmcS_opGXWpZFdSE-7TCOG-mvFai4Pj6J7BDV91HCPgb678he2UROvXzI1wohyphenhyphen2QpwcHAcsBs/s320/Toca+para+mim..jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5681298087105250338" /></a><br /><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" ><u><br /></u></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><u><br /></u></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><u><br /></u></span></div><div style="text-align: center;"><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Estava correndo como um jovem sonhador atrás dos seus ideais, transpirava por todos os poros do meu corpo; a mente, concentrada, tentava dosar minha energia durante as minhas rápidas passadas. Meu corpo já não responde aos mesmos estímulos de anos atrás, mas ainda continua com a mesma coordenação motora para executar movimentos repetitivos. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Queria voltar no tempo, queria poder mudar minúsculos erros, quase imperceptíveis à vida cotidiana – nada de melancolia ou arrependimentos, apenas um aperfeiçoamento do meu destino, uma nova chance para velhos acontecimentos. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Há tempos não praticava um esporte coletivo, há tempos não disputava algo com tanto afinco, liberdade. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Não esqueci aquilo que havia aprendido há quinze anos - apenas alguns minutos, ritmo de jogo, colocaram-me novamente no patamar de um astuto armador. Havia se passado vinte, trinta minutos de jogo, estava esgotado fisicamente, mas superava pela vontade. Dado certo momento pedi a bola com vigor: </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i> – Toca para mim, toca para mim!!!</i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Era uma chance real de gol, bola curta, próximo a linha do escanteio. Naquele momento concentrei toda a minha força num chute. Corri para a bola com o máximo de velocidade e desferi um chute mascado, acompanhado de um desequilíbrio do pé de apoio e uma dolorida torção de tornozelo. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Cai no chão, sentia meu tornozelo formigar, executava poucos movimentos com o pé, tamanha era a dor. Era o fim de jogo para mim. Recolhi-me mancando, tentando me equilibrar numa perna só, com medo de firmar o tornozelo fraturado. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Estava tentando voltar no tempo em atos – executando atividades que me remetiam ao passado, mas infelizmente a minha realidade é outra, não posso corrigir pequenos passos dado no passado, forçando meu presente. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A dor, esta sim é atemporal – tanto a física quando a emocional – a física acaba sempre passando, já as outras...</p><div style="text-align: justify;"><br /></div></div>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-49030735290064466272011-11-19T20:56:00.002-02:002011-11-19T20:58:34.083-02:00Boom.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh08odyMOGiZOaCE7pr5A5vpCqtOS6geaWloX4JqrN7vQcn3AuUORA6M7QS1Nw5jmoSFJOAdNNDtAqRGJ8nJ8eKyC4UTvrb-skZNXpTRtlRukAH2hWj29kpcWQ3ketAYw8j2fBdEqskeM/s1600/Boom.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 278px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjh08odyMOGiZOaCE7pr5A5vpCqtOS6geaWloX4JqrN7vQcn3AuUORA6M7QS1Nw5jmoSFJOAdNNDtAqRGJ8nJ8eKyC4UTvrb-skZNXpTRtlRukAH2hWj29kpcWQ3ketAYw8j2fBdEqskeM/s320/Boom.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5676844885872040274" /></a><br /><div><br /></div><div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Bocejo como um louco; evidencias indicam não haver sono, mas não consigo controlar este impulso. Meus olhos estão estalados, em estado de alerta, pele sensível, respiração deveras ofegante. Deveria ter sido mais prudente, é verdade. Minhas mãos estão trêmulas tal qual um quem não come há dias. Não sei o que fazer, sinceramente – viver, atualmente com doses parcas de remédio, fracionadas para durar até a próxima sessão terapêutica está literalmente me engolindo. Sinto medo do nada, do silêncio, dos ruídos. Suo em bicas mesmo sem fazer o mínimo esforço físico. Não há paliativos, não psicológico, é químico. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Ansiedade em seu estado puro, bruta e violenta em doses homéricas. Preciso de um ansiolítico descansando lentamente no meu estômago.</p></div>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-10070759706262923812011-11-11T21:39:00.003-02:002011-11-11T21:41:32.723-02:00Fuel.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvpPII8_d6sbAF1-D3h5MGVIvzuoWNbszT-177CYI5voxvd4Dtn8pekm5KG2WaX4ePKon5M7KEP3QWIUvdZHA_I5_5oNY0EHQ7lUJluQaUzwAFOX1wPVK4F9T8aCdKa24SdSDOZTSWf1Q/s1600/Fuel.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvpPII8_d6sbAF1-D3h5MGVIvzuoWNbszT-177CYI5voxvd4Dtn8pekm5KG2WaX4ePKon5M7KEP3QWIUvdZHA_I5_5oNY0EHQ7lUJluQaUzwAFOX1wPVK4F9T8aCdKa24SdSDOZTSWf1Q/s320/Fuel.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5673887269269718162" /></a><br /><div><br /></div><div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">A ansiedade é um monstro, quando mais alimentada maior fica e, conseqüentemente, sem controle. Começa dentro do peito e como numa reação em cadeia, espalha-se por todas as partes do corpo. O corpo todo treme, pulsa, gela. Calafrios, confusão mental e um leve desespero tomam conta das situações. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Seu alimento é a incerteza, o futuro, as decisões: quanto maior a expectativa, maior o efeito rebote. Por ora experimento pequenas porções de ansiedade, geralmente em picos noturnos. Temos uma relação estreita, a ansiedade sempre me impulsionou, seja para o bem ou para o mal. É um sentimento paradoxal: é o meu combustível, mas ao mesmo tempo torna-se perigoso demais, se consumido em altas doses. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">No momento meus receptores da ansiedade estão parcialmente bloqueados, o que me rende relacionamentos sem expectativas, mudanças abruptas de planos e boas noites de sono.</p></div>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-79432858006305881062011-10-23T03:01:00.001-02:002011-10-23T03:04:21.329-02:00Momentos mornos.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh64xd_j1KUh7BU3_jbYc_8hA3wZVGYvQnp4I-pbuFcAEnNwEAYFZxn4aYDSSnrDYZr9LAs8y0TSl3bIUk18bSEwTd5zTm7TAWiqCYvDYZnmfiwuTZ3dkx7VdjU6qnbPQ0TxWUEDRsnMSU/s1600/Momentos+mornos.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh64xd_j1KUh7BU3_jbYc_8hA3wZVGYvQnp4I-pbuFcAEnNwEAYFZxn4aYDSSnrDYZr9LAs8y0TSl3bIUk18bSEwTd5zTm7TAWiqCYvDYZnmfiwuTZ3dkx7VdjU6qnbPQ0TxWUEDRsnMSU/s320/Momentos+mornos.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5666548870229361346" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Insônia<span> </span> é algo que não faz mais parte do meu cotidiano. Queria poder tomar um café preto, amargo, degustar de bons momentos de reflexão, à luz da falta de sono, olhos estalados, corpo febril, mas os remédios me impedem...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">A vida nos reserva momentos intermediários de sentimentos. Nem de tristeza absoluta, nem felicidade extrema. São intervalos, hiatos que beiram o tédio, e geram inconformismo. São situações perigosas, principalmente para quem é alimentado por uma instabilidade descomunal. Mudar de ares me fez cair num ostracismo que há tempos não era sentido, remetendo a minha acanhada adolescência, onde conflitavam hormônios com a depressão. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">A minha imensa parte que vive a me corromper por popularidade, agora, destoa totalmente daquilo que vivo: um sem-fim de expectativas murchas. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Neste exato momento estou me questionando o porquê de correr atrás de um carro em movimento, tal qual um cão que o persegue com afinco, de ofício. Continuo a correr sem parar, cada vez mais, esperando que ele não pare, evitando assim uma tomada de atitude. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Estou numa fase longa, sufocada por poderosos remédios que limitam a minha criatividade e influenciam diretamente as minhas tomadas de decisão. Não é melancólico, mas há tempos meus olhos não brilham por mais de dias seguidos – continuidade, seqüência. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Peguei-me, no meio de um raciocínio, durante a resolução de um problema matemático, me questionando o porquê de resolvê-lo. Achei a solução para a equação, para meu desespero total. Noutros tempos, apenas encontrar a solução seria o ápice, independente do objetivo fim. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Estou estranho, é verdade, preciso parar de me esconder atrás de metáforas e voltar a ser eu mesmo, que tanto trabalho me dá, contudo me rende ótimas experiências de vida e bons textos. </p>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-81246330857230684432011-10-06T18:08:00.001-03:002011-10-06T18:10:34.136-03:00Pragas urbanas.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTaIXBV0c-6jE5lVilgKRXT8SaGvsogmirrg44Wg3JFA7f_mv5_54nV1_aW66rtNYqYLjQbZhyphenhyphenEhOs25aGeOf65f9JaIv0QSR_vYAMlcIuEV9kwx_PT3e_p_lTewl9ToVwsY_wYrCtY3w/s1600/Pragas+urbanas..jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 262px; height: 198px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTaIXBV0c-6jE5lVilgKRXT8SaGvsogmirrg44Wg3JFA7f_mv5_54nV1_aW66rtNYqYLjQbZhyphenhyphenEhOs25aGeOf65f9JaIv0QSR_vYAMlcIuEV9kwx_PT3e_p_lTewl9ToVwsY_wYrCtY3w/s320/Pragas+urbanas..jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660489438490468690" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Pós rebelião, estávamos todos reunidos, nós – os agentes, e os presos responsáveis pela limpeza do local. Um dia atípico, os sinais da destruição estavam por todas as partes: paredes quebradas, grades entortadas, colchões queimados e uma sensação de impotência reinava sobre nossas intenções. Eu, recém transferido, ainda me confundia nos caminhos da imensa construção, mal tive tempo de memorizar as saídas. Embora tentando fugir do senso-comum, não conseguia assimilar o duro golpe dado no aparato estatal, continuava procurando respostas e acalento.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Durante a limpeza, muito entulho sobre os corredores, proporcionou o aparecimento de ratos. Eram muitos, de todos os tamanhos, espécies. Dado certo momento, o nosso cruzamento era inevitável e foi o que aconteceu. Enquanto observava um preso remover os entulhos, avistei um enorme rato vindo em minha direção, completamente desesperado e sem ter por onde desviar. Por um instante, os presos voltaram a sua atenção para o rato desesperado e, conseqüentemente qual reação seria a minha. Noutra ocasião, talvez apenas me esquivasse do animal, deixando-o seguir, mas minha atitude, devido à platéia, deveria ser mais enérgica. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Desferi, ainda sem jeito, um chute que o acertou em cheio, contudo ele se recompôs e continuou a vir na minha direção; desta vez com mais força, o rebati contra a parede, atordoado, ficou estático. Foi o tempo de um preso pegar um tênis que estava perdido no meio da sujeira e desferir violentos golpes, vários, mesmo enquanto já parecia certa a morte. O rato, vencido, já morto, deixou um lastro proporcional de sangue, ainda sentia o ódio e espírito assassino do preso, que só parou de bater quando o animal parou de estremecer. Rindo, teceu o seguinte comentário: “...mais uma alma para o além”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Preciso rever meus conceitos sobre direitos humanos.</p>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-41162108775132538012011-09-17T14:12:00.001-03:002011-09-17T14:18:33.250-03:00Rebelião.<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" ><u><br /></u></span></div><br /><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" ><u><br /></u></span></div><br /><p class="MsoNormal"><b>80% da CCM foi destruída<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal"><b>Roberto Silva e Rubia Pimenta<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Engenheiros da Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e dos Direitos Humanos (Seju) concluem hoje a vistoria na estrutura da Casa de Custódia de Maringá (CCM), palco de uma rebelião que durou 23 horas, encerrada na manhã de ontem.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Eles vão verificar os danos estrutural causados durante o motim e apontar as obras que serão necessárias para recuperar a unidade prisional.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Segundo a assessoria de imprensa da Seju, 80% do mobiliário da CCM, principalmente camas e colchões foram destruídos. Já o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) afirma, com base em informações passadas por agentes que trabalham na unidade, que 90% foi destruído pelos presos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Grades, muros e portas foram quebrados e pertences espalhados por todas as galerias. A possibilidade de interdição da unidade, por enquanto, foi descartada.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">A rebelião terminou depois que a secretaria aceitou transferir 31 detentos para unidades prisionais de suas cidades de origem, acatando uma das principais reivindicações dos rebelados. Dos 900 internos no presídio, aproximadamente 400 participaram do motim.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh98jSs7FF4MpJ_b3VQ0optnwr4i8O-TZTBR15dStQYqf00m0_YLpCZY5hahQSC2VmUgIwX1imtc0U33EY1i9Scrcssrn8yHyOrbV91H9NIruGoqyiBB1bT1p0MTSL2Dh-igde0faTwbXI/s1600/Rebeli%25C3%25A3o1.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh98jSs7FF4MpJ_b3VQ0optnwr4i8O-TZTBR15dStQYqf00m0_YLpCZY5hahQSC2VmUgIwX1imtc0U33EY1i9Scrcssrn8yHyOrbV91H9NIruGoqyiBB1bT1p0MTSL2Dh-igde0faTwbXI/s320/Rebeli%25C3%25A3o1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5653378798677461106" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 186px; " /></a></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(68, 68, 68); font-family: Arial; font-size: 11px; background-color: rgb(255, 255, 255); ">Detentos rebelados mostram os presos que foram feitos reféns; apesar de exaustos, eles não se feriram</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span style="font-size:8.5pt;font-family:Arial;color:#444444;background:white"><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Eles mantiveram como refém o agente penitenciário Paulo Arruda e dois presos, que foram liberados assim que a rebelião foi encerrada. Apesar de exaustos, eles não foram feridos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Durante a manhã, os presos ainda atearam fogo a roupas e colchões em um dos setores do presídios. Os integrantes do grupo conhecido como "Ferro Velho", em Maringá, liderados por Benedito Batistiole, foram os últimos a se renderem. Eles foram presos no início de julho em uma operação da Polícia Federal (PF).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Logo após, os amotinados desceram da laje e ficaram deitados, apenas de roupas íntimas, no pátio do presídio, para revista. A Polícia Militar (PM) e agentes penitenciários iniciam um processo de varredura na Casa de Custódia, para avaliar os estragos e recolher as armas utilizadas pelos rebelados.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Transferências</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Maico de Souza Moretti, 25 anos, conhecido por Guerreiro, tido como líder da rebelião, e outros 22 presos foram transferidos ontem por volta das 11h para um centro de triagem em Curitiba, de onde seriam posteriormente remanejados para unidades em suas cidades de origem. Outros oito presos aguardavam contato Vara de Execuções Penais com a Justiça de outros Estados para que sejam transferidos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">O comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM), Chehade Elias Geha, não permitiu que a imprensa acompanhasse a descida dos presos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnCErxgWKPNYbWzDMR4LHt97DdjnXmsjNFfl5R4w59PdVjZD7T-anbKgtakTfN2UTgJBB8akXtOQPJ570_tChQByqrE9C0HP78SnF7jFPX0PxN0QaIp_DEKnHMBPhYfmZmiPvjv5JeSB8/s1600/Rebeli%25C3%25A3o.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnCErxgWKPNYbWzDMR4LHt97DdjnXmsjNFfl5R4w59PdVjZD7T-anbKgtakTfN2UTgJBB8akXtOQPJ570_tChQByqrE9C0HP78SnF7jFPX0PxN0QaIp_DEKnHMBPhYfmZmiPvjv5JeSB8/s320/Rebeli%25C3%25A3o.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5653378520815120738" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 206px; " /></a><!--[endif]--></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(68, 68, 68); font-family: Arial; font-size: 11px; background-color: rgb(255, 255, 255); ">Os primeiros internos foram transferidos logo após o término do motim</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span style="font-size:8.5pt;font-family:Arial;color:#444444;background:white"><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Familiares se revoltaram com a atitude e tentaram barrar a entrada de uma das viaturas no presídio. Houve confronto com a polícia e algumas mulheres disseram ter sido agredidas. Elas temiam que os policiais agridam os presos que ficarem no presídio, fato que foi contestado pela PM.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Início</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A rebelião na Casa de Custódia foi iniciada por volta das 12h30 de segunda-feira, com cerca de 20 detentos que estavam na galeria 2, e se espalhou rapidamente. Presos do regime semiaberto e pertencentes a grupos evangélicos não aderiram ao movimento.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Os rebelados chegaram a hastear uma bandeira do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa conhecida pela atuação em presídios do Estado de São Paulo. Não houve confirmação se os amotinados tinham relação com a facção.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Os detentos reclamavam que eram constantemente agredidos e recebiam comida "azeda". A Justiça vai analisar as denúncias de maus tratos e de má alimentação na penitenciária. Também cobravam mais agilidade nos processos de pedido de liberdade na Justiça em Maringá.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A rebelião terminou com um ferido. Trata-se de um interno que tentou fugir da CCM , durante o motim. Ele levou um tiro no ombro, foi internado e passa bem.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mais remoções</p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e dos Direitos Humanos informou que nos próximos dias haverá o remanejamento de mais presos para outras unidades, de acordo com um levantamento que está sendo realizado. "Temos mais de 100 presos do regime semiaberto que poderão deixar a Casa de Custódia de Maringá agora", afirma o diretor do Departamento Penitenciário, Maurício Kuehne. A CCM tem capacidade para 500 presos, mas abrigava quase 900.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-56942296601981506762011-09-17T14:00:00.002-03:002011-09-17T14:07:35.254-03:00O meu 11/09.<p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i>Pensei em tomar um café para despertar, ou fumar um cigarro para aliviar a tensão que cercava a situação, mas lembrei que nunca me dei bem com a nicotina e há tempos não aprecio o café. Sabia que mais hora menos hora isso aconteceria e confesso que fiquei chocado, porém não me deixei intimidar.</i></p><i> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Estas situações presenciamos apenas em cursos de especialização, história de funcionários antigos, filmes, nunca esperamos ser acometidos. Cansaço físico, estafa emocional, tensão, preocupação...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">...Caos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Poderia ter sido eu como refém, é o que se passou na maioria dos agentes. Fiquei imaginando como seriam minhas reações, o desespero, o medo, a impotência...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Participar da rebelião foi mais uma experiência para guardar dentro do meu estimável baú, entretanto, acho que preciso de férias.</p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p></i><p></p>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-54629785438897071022011-07-22T23:43:00.004-03:002011-07-22T23:46:13.331-03:00Solamente acá en Foz.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaKPk7L_KjnEiNW7fYAzRd1ueRwbVoLT0md0Rzmoxv5Fa_ULXTssl75MEmxLp98JBg0eLfI-Dr_G_6jneTAwZdFKQgqdN3pspE9oBi5dHWC9_OpS9WJgQpYy50dhRsUyrI8milLfPXukU/s1600/Solamente+ac%25C3%25A1+en+Foz.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaKPk7L_KjnEiNW7fYAzRd1ueRwbVoLT0md0Rzmoxv5Fa_ULXTssl75MEmxLp98JBg0eLfI-Dr_G_6jneTAwZdFKQgqdN3pspE9oBi5dHWC9_OpS9WJgQpYy50dhRsUyrI8milLfPXukU/s320/Solamente+ac%25C3%25A1+en+Foz.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5632372977278026498" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Ainda não sinto os efeitos da melancolia, mas é fato que nos próximos dias este sentimento será devidamente cultuado no meu novo refúgio. Estava na hora de mudar – as conseqüências do meu comportamento demonstravam isso. Tentei calcificar minhas raízes o quanto pude, mas não havia mais onde tirar motivação para me manter parado neste lugar. Não havia mais ninguém a ser conhecido, nenhum lugar a ser ido, nenhum erro a ser cometido. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Redundante dizer que sentirei falta do lugar, das coisas, das pessoas, do clima e principalmente das experiências. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i style="mso-bidi-font-style: normal">Acredito que esta imagem retrata bem meus cinco anos passados aqui. <o:p></o:p></i></p>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4968270933651134413.post-46410026313402580622011-07-01T21:08:00.002-03:002011-07-01T21:15:29.223-03:00E que tudo mais vá para o inverno.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3gdnA6VBDTNEDru-kpRzBR5mNIB71xB3tuL0jYw02NV6KuV7kc-ByexegtAv-sNfuu2V_LsLr6q8Va-1AeReB97YL1NULfH89O3liyuSuUUknsZPkmBir5sL9oHQnEXLcjUyiH0cHycE/s1600/E+que+tudo+mais+v%25C3%25A1+para+o+inverno.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 233px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3gdnA6VBDTNEDru-kpRzBR5mNIB71xB3tuL0jYw02NV6KuV7kc-ByexegtAv-sNfuu2V_LsLr6q8Va-1AeReB97YL1NULfH89O3liyuSuUUknsZPkmBir5sL9oHQnEXLcjUyiH0cHycE/s320/E+que+tudo+mais+v%25C3%25A1+para+o+inverno.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5624541596933076210" /></a><br /><div><br /></div><div><br /></div><div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Arial">Estou com o pensamento longe, mais especificamente na estratosfera. Tenho viajado espaçadamente, sem força da gravidade – vou e volto em qualquer direção sem compromisso, bem lentamente. Pego carona em ricos fragmentos de lembranças de um passado recente, deixo que, sem peso algum ele me guie de volta àquele que foi meu melhor momento. É como se eu estive absorto em um mundo imaginário – alheio a qualquer espécie de realidade.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Arial">Não sinto as dores, os lampejos e as lamúrias de uma rotina agora já integrada ao plano comum.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Arial">Os meus dias são curtos, passam-se lentos, foco meu ponto de visão em algo e vejo objetos parados movimentarem-se para os lados, como se fora efeitos especiais. Sinto minha pele anestesiada, sensível ao ponto de ser amaciada pelo vento. A chegada da nova estação aguça ainda mais a minha sensibilidade.<o:p></o:p></span></p> <span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; ">A vontade de manter-me inerte é osmótica, ficar esperando algo que eu não sei o quê nem sei quando acontecer, não é um desejo, mas sim um objetivo.</span></div>pereira, fabianohttp://www.blogger.com/profile/01959931710442990588noreply@blogger.com0