Às vezes tenho vontade de rasgar
o meu peito com uma tesoura afiada, interromper um fluxo importante de sangue,
faze-lo meu curso e nadar de braçadas. É com este ímpeto que me sinto quando a
existência se torna algo sem atrativos. Não adianta mudar a trilha sonora,
inverter o lado na cama ou ligar a televisão. Faz-se necessário algo que meu
corpo compreende e assimila extremamente de forma lúdica – o meu insaciável
imediatismo. E sou tão apetecido por ele, que deixo de lado até o meu
insuperável ego. Eu desejo o que provenha de forma rápida, tácita e pago
relativamente caro por isso. Sou um bom pagador.
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