Queria me confessar, mas procurava um juízo imparcial, por isso voltei para este lugar. Um ano absolutamente estranho; talvez a continuidade dos outros no qual me mantive inerte e aos frangalhos. Tive um comportamento assemelhado ao de Midas, só que ao contrário, tudo que eu tocava estragava, uma alta probabilidade de piorar e gerar consequências irreversíveis. Culminou com dois anos de abandono deste espaço. A continuidade do descaso é o próprio descaso.
Ainda tem muita sujeira para limpar, muita água suja correu por estas veias; sentimentos ruins que foram jogado para debaixo do meu travesseiro.
Ao contrário dos anos anteriores, criei expectativas dentro do vazio existencial que estava presenciando.
Ainda estou com dificuldades em formular um parágrafo qualquer, concatenar pensamentos e pô-los no papel. Até mesmo a utilização da norma culta ainda me é dificultosa, - atrofiei essa característica.
Quero voltar a ler, escrever e viver disso emocionalmente. É o que eu quero para mim novamente.