quarta-feira, 24 de março de 2010

Procura-se.




É hora de voltar a ser frio; não apenas motivado pela brusca variação de temperatura – que nos acompanhará pelos próximos sete longos meses – mas por uma convicção de que um dos princípios inexoráveis da vida é a lei da inércia:

- “Na ausência de forças, um corpo em repouso continua em repouso, e um corpo em movimento, continua em movimento retilíneo uniforme”.

E é assim que devemos nos ver: ou parados, ou em movimento. Definitivamente o ano ainda não começou para mim, ou se sim, não da forma que eu esperava. Nenhuma força agia sobre mim, logo eu permanecia em repouso. Acomodado pelas circunstâncias, motivos que me fogem ao controle, talvez detalhes pequenos ou complexos, como planejamento, fato é que estou estático.

Voltando a afirmação anterior, nenhuma força externa agiu sobre mim e nenhuma força agirá, porque motivação é intrínseco, vem de si próprio, ninguém nem nada pode me motivar. Lembro-me que discutia com a professora de Psicologia Organizacional quando ela questionava se uma organização é capaz de motivar alguém - dizia eu:

- “É claro que sim, é obvio professora. Bons planos de carreira e cargos, remuneração, benefícios...”

Sem saber, eu pensava como um comportamentalista: onde a motivação é explicada através de incentivos e recompensas, em cujo certo comportamento me levaria a tais atrativos. Mas com o tempo, estas recompensas não me satisfazem mais ou se chego ao objetivo, não me sinto mais atraído para me comportar daquela forma. E agora?

Então, fui apresentado aos pesquisadores humanistas: nas quais os fundamentos da motivação estão na necessidade de auto-realização. O conceito de auto-realização é tão complexo e íntimo, portanto, diverge, invariavelmente de pessoa para pessoa. Eu era bombardeado por questões simples por experientes professores, tais como:

- “Por que você está aqui hoje? Por que escolheu este curso? Aonde quer chegar? O que é o topo para você? Você é feliz?

Todas estas perguntas simples que nunca tinha me feito antes, pesavam a tal ponto que eu me curvava diante da minha vida. Foi então que eu definitivamente entendi o conceito de motivação; são perguntas que somente EU poderia responder e mais ninguém. Eu poderia sofrer influências exteriores sim, e estas poderiam me modificar ou não, dependendo de como eu as interpretasse.

E assim finalizei o meu conceito sobre motivação – enquadrando-me completamente no conceito dos cognitivistas: Onde os fatores internos determinam o nosso comportamento e que reagimos de diferentes formas para o mesmo evento, ou seja, reagimos conforme a nossa interpretação do evento e não em relação ao evento em si.

Assim comecei a aplicar a teoria na prática, no meu trabalho, minha maior fonte estimuladora de comportamentos. Percebi, de forma simples que, o que estava bom para mim, não estava bom para meus colegas, e vice-versa – mesmo sendo, teoricamente benefícios, considerados satisfatórios para todos, uns se sentiam entusiasmados e outros não. Logo devo admitir na teoria e na prática que a minha professora tinha razão:

- “Ninguém nem nada é capaz de motivar você”.

Logo, então, concluo que coloquei em prática ainda os ensinamentos do ano passado. O que me falta é motivação. Um motivo para agir, uma força interior para me movimentar; auto-determinação que com o passar do tempo se perdeu e não voltará se eu não descobrir o porquê. Estou inerte, pois ainda não sei o que me motiva; se é que isso existe.

3 comentários:

  1. Oi Fabiano,

    Adorei o texto, e confesso que estaava torcendo, ao longo das linhas, que você citasse a Teoria Cognitiva!

    Realmente faz bastante sentido considerarmos uma junção entre interno e externo, sendo interpretação pessoal do evento decidiva para a manifestação comportamental correspondente.

    Bom, eu puxo a sardinha mais pra TCC mesmo rsrs

    Apelando pra sua interpretação pessoal, mas já sabendo de antemão que a motivaçãao neste caso deve ser necessarimente intrínseca, que tal conhecer meu novo blog?

    http://mudamundomuda.blogspot.com

    Espero que você fique morredo de vontade de mudar o mundo!

    E que, de quebra, me ajude a divulgar, ok?

    Beijos

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  2. Oi Fabiano,

    Adorei o texto, e confesso que estava torcendo, ao longo das linhas, para que você citasse a Teoria Cognitiva!

    Realmente faz bastante sentido considerarmos uma junção entre interno e externo, sendo a interpretação pessoal do evento decisiva para a manifestação comportamental correspondente.

    Bom, eu puxo a sardinha mais pra TCC mesmo rsrs

    Apelando pra sua interpretação pessoal, mas já sabendo de antemão que a motivação neste caso deve ser necessarimente intrínseca, que tal conhecer meu novo blog?

    http://mudamundomuda.blogspot.com

    Espero que você fique morrendo de vontade de mudar o mundo!

    E que, de quebra, me ajude a divulgar, ok?

    Beijos

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  3. Complexa essa questão da motivação. Me sinto assim também muitas vezes, por mais que digam que minha profissão é maravilhosa não vejo muita graça rsrs.
    A motivação as vezes está em outras coisas... pensa bem, não só profissionalmente, mas o lado pessoal contribui para nos sentirmos melhor.

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