sábado, 19 de novembro de 2011

Boom.



Bocejo como um louco; evidencias indicam não haver sono, mas não consigo controlar este impulso. Meus olhos estão estalados, em estado de alerta, pele sensível, respiração deveras ofegante. Deveria ter sido mais prudente, é verdade. Minhas mãos estão trêmulas tal qual um quem não come há dias. Não sei o que fazer, sinceramente – viver, atualmente com doses parcas de remédio, fracionadas para durar até a próxima sessão terapêutica está literalmente me engolindo. Sinto medo do nada, do silêncio, dos ruídos. Suo em bicas mesmo sem fazer o mínimo esforço físico. Não há paliativos, não psicológico, é químico.

Ansiedade em seu estado puro, bruta e violenta em doses homéricas. Preciso de um ansiolítico descansando lentamente no meu estômago.

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