sexta-feira, 30 de julho de 2010

12 de junho, Mac dia feliz!



Nunca me importei com datas comemorativas, seja pelo seu cunho comercial, apelativo ou pela simples convicção que não se faz necessário comemorar apenas em dias preestabelecidos. Imbuído neste espírito, mal me importei em passar o dia dos namorados deste ano numa lanchonete de fast-food. Talvez a intenção da outra parte fosse um encontro; independente, eu aceitei o convite, pela companhia e principalmente pela outra variável, ou melhor, a surpresa: seu filho.

Passou para me pegar com seu pequeno rebento no horário marcado. O menino tinha a minha cara, cabelos encaracolados, agitado, rebelde, porém obediente aos comandos da mãe. Ela, envergonhada, foi logo se desculpando pelo comportamento do filho e agradecendo por ter aceitado o convite – e o pequeno não se fez intimidar, foi perguntando que eu era e a interação foi total.

Apesar do constrangimento, ela parecia não entender o brilho nos meus olhos, a forma como eu me via naquela situação. Eu me coloquei no lugar do menino, de como aqueles momentos são importantes na formação de caráter, educação e o quanto isso poderia fazer falta no futuro e tudo mais. Eu me diverti mais do que todas as crianças no play da lanchonete juntas.

Os adultos conversaram sobre tudo, principalmente sobre família, já as crianças se limitaram a jogar batatas-fritas uns nos outros. Cruzei com um colega de trabalho, que ao me cumprimentar, fez uma piada dizendo que há muito tempo que não nos falávamos, mas muito mesmo, pois havia nascido meu filho e ficara sabendo.

No retorno para casa, o menino estava exausto, encolheu-se no banco traseiro, encostou a cabeça no vidro embaçado pela umidade e ficou observando as luzes da avenida, quieto. Uma cena inesquecível, assim como este encontro, no qual acabei fazendo uma grande amiga e ratifiquei ainda mais meu maior sonho: ser pai.

Nenhum comentário:

Postar um comentário