Natal me remete a muito saudosismo e, por este motivo, quando voltar a Foz do Iguaçu, acredito que terei muito que escrever. Natal para quem não sabe, é aquela data Cristã, (que os judeus e os chineses aproveitam o feriado para ganhar dinheiro) na qual as pessoas se reúnem em volta de um objetivo comum: não, não é o nascimento de Jesus, mas sim o Peru!
O grande símbolo do Natal, sem dúvida nenhuma, é o consumismo. Nunca vi data mais apelativa, hipócrita e significante para as pessoas. Ao longo do ano, servimo-nos de ganância, intolerância, egoísmo - mas ao chegar o Natal, nos reunimos, juntamente com as pessoas que, na maioria das vezes, mal nos importamos o ano todo, e de uma maneira “mágica” (como na propaganda da Coca-Cola); tudo se resolve, consumindo, consumindo e consumindo.
Independente destes conceitos e da dor de cotovelo que estou sentindo das pessoas que realmente assemelham a essência do Natal; pensei numa inversão total: durante todo o ano, praticamos o espírito de Natal; nem precisa nos encher de presentes e se entupir de Peru; apenas a essência do Natal - e no dia vinte e cinco; chutamos o balde, a bunda gorda do Papai Noel, a mesa, o peru, os convidados e o caralho a quatro!
Soa mais coerente, porém acredito ser impraticável para muitos – talvez me inclua também, mas para os entusiastas do Natal em si – o que me excluo desde já – para estes sim, impraticáveis desde sempre.
Antes da ceia, vamos todos nós – ao redor do mundo – rezar pelas pessoas que tem fome, não tem trabalho, não tem teto; depois, sem o mínimo constrangimento, enfiar um pedaço suculento de carne na boca, tomar bastante vinho e depois dormir nas nossas camas secas, não atingidas pelos desastres naturais.
Viva esta magia do Natal, o verdadeiro espírito de felicidade que nos contagia e faz-nos sentir menos culpados pelos problemas do mundo, afinal de contas, é Natal!
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