A habilidade de pedir, para pessoas como eu, tidas como auto-suficiente, (ao menos teoricamente); é algo de difícil concepção. As minhas tentativas mais odiadas são as verbais – onde meu interlocutor, com olhar de superioridade ou de total ignorância (este, o pior), aguarda o momento certo de dizer o nada agradável: “não”.
Não se trata de uma questão estritamente relativa ao meu ego – mas sim de um constrangimento para ambas as partes; pendendo mais para a minha - o receptor do não. No meu caso, atualmente, esbarro na “burocracia”; tenho que tomar cuidado para não interpor nenhuma hierarquia, caso contrário, o castelo desmorona, egos feridos fecham as portas para mim. É um castelo de cartas, cada uma das peças tem que ser colocada estrategicamente, principalmente quando me falta a tão útil: “cara de pau”.
A grande vantagem de fazer uso desta estratégia ou partido é a de que você, assim que concebido o benefício, não será tachado de “pidão”, se bem que pouco importa, mas uma das boas sensações da vida é poder andar com a cabeça erguida e sem dever favores a ninguém.
Caso a argumentação, a conversa informal não resolva o problema; parto para uma abordagem mais agressiva, baseado em fatos legais; expondo que tal benefício na verdade se trata de um direito (já entrando em confronto), e não de uma regalia, como supunham. Nesta fase do processo, o conflito é inevitável e o desgaste evidente. A amizade fica de lado: ninguém quer perder e eu além de ganhar, quero andar de cabeça erguida e se possível sair rindo.
Invariavelmente eu saio vencedor, mas o desgaste é tamanho que realmente me pergunto se vale a pena todo este esforço diplomático.
Diplomacia demanda tempo e paciência e infelizmente sou carente destas duas dádivas.
Olá olá! Como é bom ver, no meio de tanta gente preguiçosa nesse mundo on-line, que ainda existe aqueles que entram em um blog aleatório e deixam comentários bacanas :) Obrigadão mesmo, e volte sempre!
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