Advogada brasileira é atacada por neonazistas. - A priori, uma chuva de solidariedade para com nossa compatriota e comigo não foi diferente. Mas, devo admitir que desconfiei desta situação toda desde o começo. A Europa toda e até mesmo a Alemanha, berço do nazismo, sempre trataram com muito rigor qualquer surto nazista, porém com muita diplomacia os ataques xenofobistas.
Paula de Oliveira, brasileira, 26 anos, advogada, funcionária de uma multinacional. Aparentemente uma jovem com futuro promissor na carreira. Segundo informações da família e da própria brasileira; estava grávida de gêmeos e teve o corpo marcado com siglas de partidos nacionalistas com ligações nazistas.
O caso causou comoção nacional, como manifestações oficiais dos ministros brasileiros e até do Presidente da República, que por sua vez, agiu com prudencia, afirmando que deveria ser investigado todas as evidencias.
Até então, tratava-se de uma ocorrência tida como comum, se não fosse o fato de que as autoridades Suíças afirmaram de que se tratava de uma farsa. Segundo peritos oficiais, Paula não estava grávida e os ferimentos foram causados por ela própria. Causando mais perplexidade ainda, por se tratar de autoridades oficiais e competentes. O que levaria uma pessoa a fazer isso, srs. Policiais?
Pois bem, vamos as evidências físicas: Paula afirmava ter tido um aborto após o ataque, circunstancia que não foi confirmada pelos médicos. Não deve ser tão complicado confirmar isso, provavelmente um aborto deve deixar seqüelas fisiológicas, hematomas internos, sinais de hemorragia, dilatação no útero ou algo do gênero. Se os peritos oficiais não constataram, Paula que foi internada num hospital, poderia às suas próprias expensas.
Paula apresentou vários cortes pelo corpo, sendo que todos os ferimentos, apresentaram escoriações superficiais e ao alcance das mãos da própria agredida. Nada de hematomas na face, na região do abdome e costas.
Quanto as evidências apresentadas: Paula e sua família não tiveram como comprovar a gravidez. Para se estar grávida basta um exame simples de farmácia ou um hemograma para se ter mais precisão e a advogada brasileira não os possuía. E os ferimentos? Sim, nada de ferimentos no rosto, nas costas ou cortes profundos. Radicais agem com extrema violência física; visando sempre o rosto e até violência sexual - o que milagrosamente não ocorreu com a advogada.
As investigações ainda estão em curso, porém Paula que se prepare – será indiciada por falsa declaração de crime e terá que arcar com todas as custas da investigação, sendo obrigada a passar por tratamento psiquiátrico antes de deixar o pais.
Paula causou um desconforto diplomática sem precedentes. Pela primeira vez o Estado Brasileiro tratou como uma unidade só seus cidadãos, oferecendo pronta-ajuda; porém precipitaram-se em pressionar a Suíça e duvidar abertamente dos laudos apresentados. Paula é brasileira e como todos os brasileiros devemos ser tratados com respeito em qualquer lugar do mundo. Porém estamos atrelados a um princípio universal que não temos como desrespeitar – o da não intervenção. São autoridades legalmente reconhecidas pelo Governo Suíço, um Estado democrático de direito consolidado e presente em todos os tratados internacionais, principalmente no que se referem à preservação dos direitos humanos.
Paula, aparentemente sofre de alguns problemas psiquiátricos – apesar da sua jovem e brilhante carreira, não apresenta estabilidade emocional para exercer tal função.
Depois da explosão do caos de Paula, estão aparecendo depoimentos de pessoas próximas dizendo que é de sua personalidade fantasiar histórias com personagens fantasmas. O mais recente, antes de deixar o país foi o que seu ex- noivo havia sido morto no acidente da TAM.
Sabe Paula, externar suas frustrações em fantasias e depois jogá-las na imprensa não é a melhor forma de superar seus medos. Muito provavelmente, antes de viajar, Paula sentia a pressão interna de não ter conseguido se casar, por isso “matou” seu ex-noivo no acidente aéreo mais grave do Brasil. Agora Paula, devidamente casada, resolveu “abortar” seus filhos por culpa de neonazistas do partido do Governo Suíço. Não há como negar que Paula tem criatividade e coragem. Desta situação toda não tiro nenhuma lição – pelo contrário, já as tirei quando era adolescente. Quando seu amigo chegar com o olho roxo, antes de reunir sua galera para ir pegar o agressor, procure ouvir o que eles têm a dizer ou simplesmente análise todo histórico “comportamental” do seu amigo, antes de tomar alguma decisão.
Paula, tome um PROZAC e relaxe – os neonazistas não se aproximarão mais de você!
(Antes de tomar algum partido, leia a crônica de Régis Bonvicino, excelente. Detalhe; ela foi escrita logo no calor dos fatos, antes dos laudos oficiais e das declarações sobre a personalidade da advogada. Mesmo assim vale a pena conhecer um pouco mais da Suíça!
Realmente... primeiro eu achei que tinha sido um crime e que os nazistas estavam atacando. Depois que ela confessou comecei a juntar as peças do quebra cabeça.´Tenho pena dela! Adorei o conteúdo do blog, vou voltar!;)
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