- Acertou Fabiano?
- Sim! Um tiro só foi o suficiente.
- Matou?
- Não, não sei; acho que já estava morta, já.
- E agora?
- Eu vou ficar ficar aqui! Foi em legítima defesa, era matar ou morrer.
- Mas você atirou!? Como pôde?
- Atirei! Não tive escolha, mas não fui eu que matei.
- Quem matou então?
- Não sei, acho que foi suicidio.
- Mas tem várias perfurações, ferimentos profundos, feridas abertas nela; várias pessoas a feriram, não acha? Como pode ter se matado então?
- Por isso mesmo, talvez o sofrimento tenha sido tanto que preferiu morrer à viver.
- E se estiver viva ainda?
- Não está: não se move, não respira, não esboça reação, não há pulsação, não há vida - talvez um dia houve, mas eu não existia nesta época.
- Vamos chegar perto para ver então, vamos socorrê-la?
- Não adianta. Eu já tentei, fiz tudo o que era possível – eu me entreguei; doei meu sangue; amor; calor; protegi - mas a dor era tão intensa que não era da sua vontade viver; vamos embora daqui não há mais o que se fazer.
- Mas o que teme? Se não a matou, qual o motivo de não querer mais ficar; de tentar novamente, porque quer ir agora?
- Porque eu tenho medo de morrer de novo.
- Então não tem escolha, vamos embora!
- Sim, vamos.
(Silêncio)
Uau!!!
ResponderExcluirChocante...
Pra bom entendedor, este texto basta...
Bjs
Será que você não deu um tiro no próprio pé?
ResponderExcluirNão...meu sociopata nunca errou um tiro, talve ele possa ter matado alguém e de quebra acertado a consciência de outros srsr é talvez isso !!!!!
ResponderExcluirMas enfim , eu também mato quando necessário...e acho sim uma medida inteligentissima ...louvável!!!!
alguns estão mortos ainda que apresentem a cara porcelanada e um bom perfume ...alguns estão mortos e não notam, vivem perambulando pela terra assustando e assombrando pessoas prontas a viver uma primavera intensa!!!!
Mande alguns cravos ao velório por mim!!!!
srsr