quinta-feira, 23 de julho de 2009

Geração saúde.



Tornei-me sedentário, esta é a verdade absoluta. Entre inércia e manifestações esporádicas de movimentos preferi àquela. Entusiasmo, empolgação, alongamento, aquecimento, consumação elevada de oxigênio e carboidratos, a conseqüente desidratação deram lugar agora, definitivamente; ao pijama, cadeira confortável, geladeira hipercalórica, álcool, livros, computador e cama.

O corpo adapta-se a tudo e, desta vez, não reclamou por não apresentar fadiga muscular. Já a cabeça ainda passa por um processo de transição – afinal de contas era altamente bombardeada pela endorfina provocada pelos estímulos físicos e, por conseguinte, deveras dependente destas fonte de prazer.

A consciência apresenta-se conflitante ainda: ora culpada, ora aliviada; pois, independente da escolha, houve uma renúncia - e esta, relaciona-se diretamente ao meu bem-estar emocional.

Inveterado, maníaco, viciado literalmente em esportes; sempre competindo comigo mesmo. Atleta individual; nunca senti-me à vontade praticando esportes coletivos, apesar de esboçar algumas habilidades. Ser ajudado, espírito de coletividade, soma de habilidades para atingir o objetivo não me apetece quando se refere a esportes. Independência, única fonte de recursos físicos, cobranças e metas internas...Individualismo.

Eu contra eu, ou talvez, eu contra você. Eu e você contra eles, não! E nada me dá mais prazer do que ganhar de mim mesmo; ou mesmo diante da derrota, serve-me como estímulo para da próxima vez massacrar meu adversário.

Exceder os limites era a tônica: estafa físico, desidratação, enjôos, dores no peito, falência muscular, hematomas e dor, muita dor. Exercícios aeróbicos e anaeróbicos combinados: explosão muscular e resistência física sempre à prova.

Dor, transpiração, limites, alívio, sensação de prazer - Atleta.

Ócio (im)produtivo, trabalho, leitura, boemia, estudos, vida pessoal e necessidades fisiológicas (comer e dormir). Obrigações e compromissos; falta de tempo...Ex-atleta!

Sinto músculos atrofiar, retrair; a elasticidade enrijecer e a força física se perder. Um lamento, uma necessidade, o abandono...

Geração prioridade, geração obrigação, geração psicológica, geração conseqüências...

Restaram apenas o silencio total do meu corpo: pulsação cardíaca uniforme, estalos apenas ao movimentar as articulações; o desgaste físico permanece, juntamente com parcos resquícios de fôlego. Tenho abstinência, fato este que deve-se à flagrância dos acontecimentos; sinto, às vezes, contrações involuntárias nas pernas - tenho a enfadonha sensação de o corpo ir e eu ficar.

As marcas físicas advindas do passado também permanecem: o tônus, alta concentração de massa magra, calos no tornozelo; estas perduração por muitos dias, porventura meses – mas a decadência é iminente, a mutação, o despreparo, o sobrepeso, a sonolência excessiva, a culpa...

Um comentário:

  1. Não sei se não entendi direito, mas a verdade é q dei mt risada lendo isso...
    ;-)
    Bjs

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