domingo, 13 de junho de 2010

Daí nois puxa o "ére" pra falar também.



É engraçado como os apresentadores (as) de programas regionais de sucursais de grandes emissoras fazem questão de explicitar o seu sotaque. Esta é uma característica peculiar nossa, que nascemos no interior dos estados. Dizem que meu sotaque mudou muito, eu tenho cá minhas dúvidas; leite quente eu não falo (ainda).

Referente aos apresentadores, hoje estava vendo um programa destes de culinária local; divulgação de colunas sociais e uma infinidade de propagandas lindeiras, apareceu um ex-professor meu de contabilidade (que não tem sotaque e acha que Santa Catarina é o melhor Estado do mundo), uma figura espetacular (como professor), e muito divertida como pessoa - divulgando uma grande festa popular regional em comemoração ao aniversário da cidade de Foz do Iguaçu - a Fartal.
[...] 31/05/2010

Estava escrevendo uma postagem para divulgar a importância de eventos como este, mas depois de “prestigiar” vou direto às críticas. A principal foi referente foi referente ao preço dos produtos e serviços oferecidos. Fica até vergonhoso de chamar este evento de festa popular; sem contar que serviu de “palanque” para meu ex-professor de contabilidade nas suas aspirações políticas, por se o organizador da feira. Agricultura de subsistência, micro-empresa familiar, sustentabilidade, repartir o bolo econômico, renda em prol de entidades...Como diria próprio professor de contabilidade sobre missão das empresas:

- Tudo conversa fiada, o que todos nós queremos é dinheiro, lucro a todo custo.

E foi o que se viu; se os expositores pretendem vender seus produtos pelos valores superfaturados da feira, é melhor que sucumbam aos produtos chineses e as grandes redes.

Na verdade é um paradoxo: organizar um evento deste vulto demanda muito empenho e desta forma espera-se retorno proporcional. Ocorre que, o evento foi patrocinado por verbas públicas e todos os expositores desembolsaram somas generosas para participar, então não entendi o porquê da “elitização” de uma festa para o município.

Em suma: comi e me diverti o suficiente, mas confesso que muitas pessoas não tiveram a mesma oportunidade. No final do passeio, para relembrar meus tempos de infância - na qual andávamos em todos os brinquedos dos parques (devido ao custo ser acessível a qualquer um) comprei uns bilhetes, mas fiquei constrangido em me divertir ao ver uma menina acompanhada apenas pela sua mãe, a observar os outros brincarem. Minha família não esperaria outra atitude minha e na verdade queria ter feito mais - infelizmente quando verifiquei na carteira para ver o que havia me sobrado, só tinha o suficiente para pagar o estacionamento.

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