quinta-feira, 24 de junho de 2010

Dona do castelo.


Num bar lotado, em meio a distorção de um solo de guitarra, duas long neck´s de cerveja na mão eu e um grande amigo tentávamos conversar. Ele tentava me explicar o porquê do fim de um casamento tão estável. Ainda estava sóbrio quando afirmei a ele que pela primeira vez me sentia arrependido de ter vindo para cá. Ele, surpreso perguntou se eu estava falando sério. Silenciei-me e um suspiro seguido de uma talagada na garrafa responderam por mim.

Por coincidência ou não, acabei por conhecer alguém que assim como eu há quatro anos, estava largando tudo e indo embora. Tinha um brilho no olhar, mas ao mesmo tempo demonstrava-se um pouco receosa com a ideia. Trocamos telefones, e-mails e hoje acessei o seu perfil público, tinha uma frase de exibição interessante:

“Agora descubro quão tênue é a linha que separa a tristeza da despedida e a alegria de ir em busca de algo novo! “

Para ter a alegria de buscar algo novo tive que abrir mão do que me era mais valioso e que nunca mais encontrarei na mesma intensidade. Por mais que eu me permita, tente esquecer, ou até mesmo me enganar, ainda tenho um vazio enorme aqui dentro de mim e que somente você, um dia preencheu.

Às vésperas de completar cinco anos do primeiro encontro, mas minhas lembranças insistem em reduzir a instantâneos cinco minutos.


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