Se um dia eu acordar querendo mudar tudo de lugar, trocar de nome, arrumar novos amigos, procurar outro trabalho, virar vegetariano e comprar um cachorro; não me dêem ouvidos.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Fim, férias II.
domingo, 28 de junho de 2009
Fim, férias.
Grey Room.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Damn, I Want a Cigarette!
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Que horas são agora?
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Eu estou calmo...
E chega de passar meu dia todo no MSN®; original e os genéricos, estou farto de conversinhas e de ser chamado somente quando precisam ou para me irritar perguntando o porquê de eu estar on-line e colocar o estatus no ocupado. (Isto serve exclusivamente para mim).
domingo, 21 de junho de 2009
Toc, toc, toc...quem bate?
Enquanto isso, atrás da tela LCD
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Deu-me um branco...
...não sei o que falar; digo escrever, cospir, lançar, jogar, vomitar, colocar, criticar, analizar, reclamar, banalizar, enfatizar, assustar, declarar, afirmar ou negar.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Por que você é assim?
Tinha um grande amigo, um ex-colega de trabalho que conseguiu sua transferência e fora para perto de sua família – idos do primeiro bimestre de 2008. Gostava de trabalhar com ele – tinha experiência, responsabilidade e autoridade no trabalho; sabia como cobrar todos, individualmente. Tinha uma habilidade interpessoal interessante, que aceitávamos tacitamente: a liderança.
sábado, 13 de junho de 2009
12 de junho de 2009.
Estava in natura - talvez isso a atraiu; estava sem casca, podia ser eu mesmo, contando as minhas histórias, tomando minha bebida favorita e errando o nome da banda que estava tocando a todo instante; mas sempre olhando dentro dos seus olhos, fazendo questão de sentir cada vibração ou movimentação de oxigênio ao nosso redor.
Pouco me importa se você vai de rock and roll e eu de MPB; se somos rivais acadêmicos; se houvera “senhores-cafés” em ambas as vidas; se não vi enlatados americanos; se não tenho uma tatuagem “Love Bandit” estampada no bíceps; ou se cometemos dois crimes naquela noite e fomos antiéticos numa data aparentemente egoísta.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Caixa Postal.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
E se ELAS querem o meu sangue...
Espero que tenha pago minha dívida para com seus sentimentos de uma vez por todas; sei que os estragos são/foram bem maiores do que o simples ignorar de sua parte, rebater ou tentar entender minhas atitudes.
Não há o que explicar, na verdade você quer mesmo o quê? - O quê? - O que a deixa intrigada? - O que te faz me cobrar a cada momento, tentar me alfinetar ou achar que o mundo está de complô contra ti – organizado pela minha pessoa. O fato de eu assumir minha culpa, aceitar qualquer tipo de punição ou simplesmente ser indiferente (hoje); às razões que me levaram a cometar tal irresponsabilidade te incomoda?
- Por que não assume sua culpa também? Cadê a sua cara para ela poder esbofeteá-la também? - Por que eu tenho que assumir sozinho o papel de vilão? Pois digo sem pudor nenhum, fui mal-caráter, mal intencionado, egoísta, e, por fim; um irresponsável. - E você? O que foi? A vítima? A coitada da história? Afinal de contas que história? Pode me relembrar? Queria saber onde entra a parte onde eu colocava a arma na sua cabeça, pois não me recordo desta passagem. Lembre-me da parte onde eu invadia sua vida; sem permissão ou era impedido de entrar.
A minha consciência e tudo o que eu perdi foram por deveras massacrantes, se é o que queria ouvir; arrependo-me amargamente de tudo o que fiz – não só por vocês, mas por mim, pelo tempo que perdi, pelas vidas que mudei e pelo terrorismo, literalmente que passaram.
Tudo refletiu em mim de forma monstruosa – família, vida pessoa e principalmente à minha saúde. Enfim, o prazer tornou-se tormento e o tormento atingiu meu umbigo; oops!
Acredito que mesmo muitas pessoas querendo ver-me na forca logo abaixo ou numa fogueira; a maioria se safou – as famílias continuam intactas; novas foram construídas (esta refere-se exclusivamente a vocês - suas carreiras continuam a todo vapor e a vida continuou seu curso, enfim..
Parabéns para os que conseguiram se esquivar; parabéns para você; para eles, (quem são mesmo? Afinal de contas faz tanto tempo) era isso que queria ouvir? - O que mais te magoa? O fato de ter atingido diretamente seu ego ou as conseqüências desastrosas do que eu fiz? Que tal a sinceridade acima de tudo; acima do seu ego de mulher, principalmente - afinal de contas o que temos a perder, senão horas de sono numa noite fria?
Seja humana – admita que o que foi ferido foi seu EGO de mulher; e que nada do que fizer mudará – a minha escolha, as minhas atitudes e a aparente indiferença naquela época a magoaram e ainda te fazem mal. Mas a vida continua – a minha, a sua, a dela, a do vizinho, padeiro, jogadores de futebol, apresentador do jornal, a dos que me lêem - de todo mundo. E continuará assim, entende? - Mas se quiser continuar com isso; eleve o nível – desculpe a sinceridade - mas sente no divã, de preferência num imparcial, que não o seu e reflita, pense e defina realmente o que quer de mim, ou melhor, como quer me ver, se não quer me ver ou ficar feliz a me lamuriar.
Não há mágoa eterna, amores eternos e desculpas eternas. Eu cansei de pedir desculpas e confesso que a minha paciência se esgotou – fiz sim lavar meu rosto, tirar toda a sujeira que me consumia na época e assumir os meus erros perante você. Por que não experimenta fazer o mesmo? Por que não me pergunta dela? Envie um e-mail, diga que se arrepende também de ter participado ou não; diga que faria de novo – que é mortal, fraca e deixou-se ser levada por um sentimento que fora alimentado por mim – o grande vilão.
Será que há espaço e tempo para tal – pois passa a maioria do tempo lambendo apenas a sua ferida – para se perguntar como ela reagiu diante disso tudo?
Jogue toda a culpa no vilão; como sempre fez, mas pelo amor de deus pare tentar procurar em mim uma justificativa para os seus fracassos; pare de imputar ao que aconteceu - em apenas um mês todas as frustrações da sua vida – POIS NÃO VOU ME SENTIR MAIS CULPADO; – hoje não.
Por mim não haveria justiça – mas sim apenas a consciência; somos dotados dela e entramos em contato diariamente - seja deitando ao travesseiro ou enquanto nos adoramos pelo espelho; mas se há justiça própria implícita em sua natureza, utilize-a em mim da forma como melhor lhe convier.
A minha sentença? Esta fora dada, outrora...
- CULPADO! Três votos a zero a favor da condenação – inclusive o meu; contudo paguei minha pena, estou com a consciência tranqüila - já vocês; hoje espero que, sinceramente e de coração, se recuperem e sejam felizes para sempre e que durmam com suas consciências tranqüilas.
(E se a carapuça servir para mais alguém que me conheça pessoalmente – vista-a! É unissex e em tamanho único! Pois é foda-se os erros de gramática, tô cansado de “perfeição” em todos os sentidos; quanto aos demais desconhecido - peço desculpas pelo desabafo e prometo algo mais afável em palavras para o dia dos namorados).
terça-feira, 9 de junho de 2009
E se alguém gritar meu nome...
Não pense; arrume-se rápido! Passo em alguns minutos para te pegar, o tempo suficiente para destruir meu telefone celular jogando-o contra a parede - somado a um certeiro soco na tela do computador já dizendo: - Meninos, vou ser feliz e não volto nunca mais - se virem, sejam homens felizes, honestos e paguem as suas contas em dia - sempre! Caso me procurarem diga que enlouqueci; que comprei duas garrafas de rum, peguei meu carro, rasguei todos os documentos e larguei tudo: faculdade, trabalho, família e inclusive eles - fui-me embora viver de verdade!
E você; esqueça as formalidades, diga: - Mãe, estou indo ser feliz - ele vem me buscar agora! - Saia correndo enquanto ela tenta se desengasgar coma pipoca. Pegue “nosso” gato e, caso ele prefira o calor de um lar, deixe-o com um puta beijo na boca e diga que o ama, mesmo sendo interesseiro.
Ligue para seu patrão e demita-o de sua vida; diga para pegar o dinheiro do acerto e gastar tudo num bar mais próximo - tudo por conta da sua felicidade!
Use colorido enquanto da nossa fuga, leve travesseiros e taças para comemorarmos em plenas segundas-feiras nossa liberdade; não faça perguntas sobre onde vamos ou se ficaremos juntos o suficiente; entre no carro confie em mim, segure minha mão e não solte. Sinta o vento forte soprar por nosso rostos enquanto rimos de felicidade de tudo que deixamos para trás.
- Vamos?
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Sebastião Rodrigues Maia.
Bola quinze.
Sábado, sobrepondo meu corpo sobre uma mesa de sinuca, iluminada apenas por uma lâmpada fluorescente - que de tão amarela, parecia uma incandescente comum - e, utilizando um taco perfeitamente esférico no seu diâmetro; proporcional ao meu tamanho - resolvi me testar.
Apesar de econômica, as lâmpadas era frias, iguais a maioria dos que nos cercavam. Não havia sinais de fumaça, sub-solos; descaracterizando, assim o local como um original Pub - a contar, também, pela quantidade de bancos ao redor do balcão, que era mínima. Mas era alternativo, agradável e seletivo; as pessoas ao nosso redor inspiravam cultura (e não transpirava, devido ao frio); e havia grande diversidade de marcas de cervejas e alguns grupos já fechados de pessoas aparentemente interessantes.
Conversas esporádicas foram surgindo, aos poucos o frio interpessoal entre os grupos fora esquentando. Havia inúmeras possibilidades ao meu redor, ninguém me conhecia mesmo – sequer superficialmente; afinal de contas, o mundo não é tão pequeno assim. A não ser meu parceiro de jogo - no qual dividimos o apartamento a seis meses apenas - tão inapto para jogos reais quanto eu. Era como sair da casca novamente; e realmente eu estava.
Utilizamo-nos da lógica; por ora, para jogar - bastava mirar, bater com força proporcional à distância e preparar a próxima tacada. Estávamos nos dando bem, afinal de contas nos víamos diante de adversárias, - tão adoráveis e divertidas quanto filhotes de border collie´s que escapam da casinha num sábado a noite. Adoráveis pessoas, mas num primeiro momento distante de mim - o digamos, novato do grupo.
Tocava clássicos dos anos setenta, oitenta, geralmente em versões ao vivo; alternando com “indie”; “punk”; Roberto Carlos; “ e até Tim Maia. - Há os metais hein! - Que saudades de Tim...
- Você toca Tim? - perguntei empolgado ao meu colega de apartamento que toca violão. Confesso que antes, nossas saídas se resumiam a descer do elevador apenas, mas – apesar de sermos completamente diferentes - tratou-se de uma excelente companhia para beber.
Nossas companhias (inteligentes e descoladas) estavam inquietas; por isso tratei-me de concentrar no jogo, contudo sem tirar os olhos de quem estava ao meu redor. Fiz comentários com base na minha observação com uma das adversárias sobre as suas companhias - e me equivoquei! - Não ela não é mau-humorada, fique tranqüilo Fabiano, ela deve estar te olhando assim porque você estava entretido numa conversa com uma ex-namorada dela. - Há sim, claro – pensei.
Mesmo diante do olhar desafiador, não me intimidei; afinal de contas tínhamos algo de muito intimo em comum, mais até do que um relacionamento lésbian chic. Parece ridículo, mas trabalhamos com um mesmo programa de computador durante um tempo em nossas vidas. Não se encontram pessoas assim perdidas, ainda mais num sábado sábado à noite.
As minhas intenções eram as mais divertidas o possível, enfim; estava relaxado e já tinha quebrado um maldito copo inconscientemente por vontade própria – odeio tomar cerveja em copos tipo “americano”, e só estava preocupado mesmo era em ter que acordar às sete horas da manhã de terça - feira para recepcionar a nova “colaboradora” do apartamento: - Sargento Dona Maria.
A cada talagada minhas tacadas ficavam cada vez mais precisas e o olhar aguçado e seletivo; estava me sentindo o ás do snooker e ao mesmo tempo percebia estar sendo observado. Não por ciumes desta vez, mas por curiosidade; de outra adversária - agora pela forma ambígua como eu conversava com todos ao meu redor, sem deixar claro o que realmente eu queria ou era.
E por incrível que pareça, só foi preciso usar de sinceridade, apenas falar a verdade para uma breve aproximação. Eu só queria me divertir (conceito subjetivo); ouvir boa musica (optativo) e beber o suficiente para voltar dirigindo (necessário). Nada nas entrelinhas...sequer haviam entrelinhas...
Depois de algumas partidas e conversas descontraídas e divertidas chegamos a uma conclusão óbvia: - Você não gosta de mim, tão-quanto eu de você; não é o amor da minha vida e nunca será, – certo? - Certo meu caro! É puramente momentâneo e físico! Exatamente! - Ótimo, fomos feitos um para o outro neste sábado à noite – afirmei, enquanto tentava me desvencilhar agora dos olhares da colega de software.
É inegável não se sentir atraído por pessoas fisicamente, algo intrínseco e tão natural que foge do nosso controle. Esbarramos apenas na oportunidade e no momento em que estamos vivendo e, no meu caso, especificamente - não é o de provações.
Infelizmente cometi um erro primário mas que massageou meu ego; não fora planejado, mas sim tentado, fui desafiado, acometido por uma oportunidade em mil. Era único o resultado esperado, depois de tanta conversa; de olhar dentro dos olhos da pessoa que, de repente estava desnuda na minha frente, feliz alegre e confiante - poderia ter colocado a “coleira” e levado-a para passear e depois a devolvido ao seu dono, que não era/nem queria ser eu! Pelo menos àquele instante.
Senti tentado, claro; Stella Premium Beer sempre me deixa bem maleável e há tempos não conhecia/saía com ninguém, desta forma, tão informal e sem compromisso, aliás – desde que parei de beber, sequer saia de casa...
Eu cedi momentânea e publicamente; foi divertido, fullgás (tal qual Marina Lima cantando enquanto jogávamos) e sai com algumas pequenas escoriações nos lábios, devido a tamanha voracidade, furor e libido - resposta dada pela minha adversária da mesa de sinuca, aos estímulos que ofereci, sentada ao meu lado e me prendendo com os braços para que eu não me levantasse.
Precisava pegar a última cerveja, junto ao balcão e (…) aceitou; aproveitei e me despedi da que conhecera logo no começo; estava rodeada por quatro caras, mas não me fiz rogar - interrompi educadamente a disputa, peguei o telefone, e-mail e trocamos elogios, combinamos de sair, descontraidamente.
- Você está pegando o telefone da minha amiga, perguntou sorrindo (...). - Sim, combinamos de sair qualquer dia desses para conversar, tomar alguma coisa, conhecer gente nova, fazer o que estamos fazendo hoje; eu e você...- respondi tranqüilo, leve e feliz.
- Vamos embora? Eu te deixo na casa do seu namorado. - sorri. - Só se me prometer que me pega daqui meia-hora? - promete? - sorriu também.
Pouco me importava o resultado de tudo - desde o copo quebrado ou a oportunidade de voltar para casa como cheguei – apenas com meu colega de apartamento, - e foi o que aconteceu; apesar do convite para pegá-la em meia-hora, depois que deixássemos o bar, pois já teria jogado tudo para o alto com o ex.; preferi não ligar; preferi não interferir novamente na vida das pessoas; não mudar o curso comum de relacionamentos já estabelecidos; confundir a cabeça de quem tem dúvidas; influenciar e tirar proveito da situação que não trariam nada mais do que uma leve dor na consciência.
Preferi ir para casa, escrever para uma pessoa nunca vi e me consome a cada instante; baixar a discografia do Tim Maia (bem oportuno); comer o resto Doritos que ficara sobre a minha cama, enfim; sinceridade acima de tudo - até da libido...
domingo, 7 de junho de 2009
Send to...
Acordo com ressaca; uma dor-de-cabeça tão infeliz, que mal consigo abrir os olhos; cubro a cabeça na tentativa equivocada de sufocar os sintomas - mas é em vão.
Crio coragem/necessidade de me deslocar até o meu “pronto-atendimento”, (lê-se caixa de remédios no guarda-roupas) mas quando procuro meus chinelos vejo uma porção pequena, clara e homogênea de suco gástrico e líquido bile – o suficiente para relembrar os meus vinte anos; que juntamente com o frio, afastam qualquer possibilidade de sair da cama.
Precisava das horas, estou de férias, mas afinal de contas sou escravo do tempo e dependendo da sua resposta eu tomo uma iniciativa ou volto a cobrir a cabeça. Escravo sem feitores: não tenho relógio, minha televisão tem, mas para tal preciso achar o controle remoto. Abro uma ínfima parte da janela com a ponta dos pés - a luz do dia me cega, tenho a impressão de as pupilas se adaptarem à intensidade da luz - como as dos gatos quando recebem um facho certeiro nas vistas - tento fechar, mas meus pés não alcançam mais a folha da veneziana.
Deve ser onze manhã, penso. Ouço furadeiras, filtro da piscina em ação, carros à todo vapor; conversas nos outros apartamentos, latidos de cachorros (que não são permitidos).
- Atitude, atitude! Vamos, mexa-se Fabiano!
Celular! Dorme sempre no peitoril da janela e na maioria das vezes, esquece-se da sua função principal: despertar-me! Desta vez, estico a mão, pois não há sono, paciência e preciso urgentemente de outra “cabeça”. Estranho, mas ele é extremamente sensível a temperaturas; (o celular e não eu) no calor recusa-se a funcionar; no frio congela literalmente. Pego, chacoalho, esbofeteio e nada; então - como que num clarão, tenho um surto de sagacidade matino-ressacal (linda esta denominação) e resolvo ligá-lo.
Espero toda a burocracia, seguro pacientemente a tecla “desconectar chamada” até que apareça a logomarca da minha operadora; enfim.. cade as horas? Quero horas, quero tempo, medidas para me cobrar, horas porra! Eis que surge um: - “Sua caixa postal está cheia, delete mensagens antigas para receber as novas”. - Solto um “foda-se” e cancelo tudo “C”; pressiono repetidamente a tecla "C";"CCCCCC" e caio direto no tempo; 0:00 do dia 1 de janeiro de 2000 – Que maravilha. Agora você subiu no topo das minhas prioridades materiais à adquirir. querido celular.
Isso explica a ressaca, as atitudes e a amnesia alcoólica, pois pelo meu celular ainda tenho dezenove anos. Estou perdido no tempo, mas a dor de cabeça e a poça permanecem intactas – uma latejando e a outra ressecando.
- Quer saber? Vou deletar mensagens antigas! Vamos ver; por onde começar? Há sim, pelas pessoas que deletei dos meus contatos, aqui não aparece o nome da pessoa, somente o número, então significa que não tem tanta importância. Apago umas dez, faltam algumas mais...vejamos....São mensagens de quase um ano. Subo um pouco mais, desço e vejo os remetentes:
“Você é um homem maravilhoso. Boa tarde. Lia.” [De] Lia G., 14/07/08.
“Brothers in brothers, a festa nunca pode akabar, na guerra é pior msm...irmão de coração, vc é parceiro, te considero muito , meu irmãozinho d verdade, se precisa já sabe, conta cmg my brother, abraçao. [De] Cassiano S., 04/08/08.
“Ooo Federal, otimo ano novo com tudo dentro ae! Rsrs Dentro da santa paz e felicidade brother. AbraÇo Altair... [De] Altair 31/12/08
Para não citar outras; tantas outras também não são somente elogios, mas afinal são meus amigos...
Meus amigos: tenho tantos e gosto da mesma forma de todos; fiquei com pena de apagar as mensagens - serve-me como um livro de auto-ajuda, pois é a uma forma indireta de ser ajudado por eles. Mal sabem que penso em todos diariamente; procuro saber como estão e só fico tranqüilo enquanto vejo TODOS bem. Perco boas horas do meu dia, pensando numa maneira; direta ou indireta de ajudá-los.
Vasculhei mais mensagens procurando as que não tivessem importância ou influíssem diretamente nos meus dias e vi umas com “Fabiano [texto enorme] Te amo”. [De] (…);(...);(...)...
- Deletei! Mas sem valorar ou menosprezar, por ser hoje um sentimento inexistente, inexpressivo e ineficaz - apesar do conteúdo e a palavra “amor”... Estas pessoas talvez nem se lembrem de mim ou fazem questão de não se lembrar...; mas foi uma sensação estranha: - Como assim você me ama (va)? - pensei. Deixemo-las descansar em paz...(Nada de retornar mensagens)!
O celular começou a baixar as novas mensagens e lançou uma: “Ovelha, pq vc nunca atente esta merda de cel, qdo vc chegar só vai ter carne fria e a loça pra vc lavar, aproveita passa no posto traz + gelo e cerveja! Tamo te esperando moleque! [De] Queridos amigos, um domingo destes...
Pulei a poça, peguei um pano com desinfetante e esfreguei o chão; lavei um copo, tomei um antiácido/paracetamol, sorri e voltei a dormir!
Quinta-feira...
sexta-feira, 5 de junho de 2009
O que não tem remédio, remediado está!
Há tempos não me divertia tanto numa farmácia como neste dia. Desde quando consegui me desvencilhar dos meus hábitos de auto-medicação - oriundos de crises intermináveis de hipocondria - nunca mais precisei utilizar um cesto para colocar as compras na farmácia; bastava colocá-las na palma da mão, carregá-las e paga-las junto ao caixa.
Pois bem, chegou o frio e com ele as suas conseqüências são visíveis na minha saúde; mesmo com a vida regrada, careta e saudável que levo hoje – durmo cedo, ando agasalhado, não bebo, nunca fumei, não faço parte de grupo de risco - aliás não faço parte de grupo algum no momento – minha resistência baixou de forma brusca.
Voltando da faculdade, pensei em dirigir-me até o centro para encontrar uma mega-store, com milhares de oportunidades e princípios ativos diferentes; mas vejo duas farmácias de médio porte, numa avenida movimenta, de um bairro legal – um dos mais tranqüilos da fronteira - resolvo desacelerar, observar as fachadas, as prateleiras rapidamente para me decidir em qual parar.
- É essa aqui, tem um nome legal e não tem muitas pessoas, vou poder passar o tempo que quiser. - conclui. Entro e ouço um rebuliço de funcionários discutindo sobre escalas de plantão, horários...- Ótimo, ninguém para me perguntar: posso ajudá-lo? - pensei.
Andei pela sessão de cosméticos, mas há.. - não perco muito tempo. Os dos supermercados são mais baratos e a variedade é bem maior. Passo apressado pela sessão de fraldas, fico olhando a infinidade de modelos, tamanhos, abas, e quantidade de tipos de xixi que podem ser produzidos, incrível! E os absorventes então?! Haja tipos de (…) ...pensaram que eu escreveria? Se pensou em fluxo, errou.
- Será que já definiram quem vai trabalhar no final de semana? - pensei, pois preciso ir nos balcões de medicamentos que teoricamente necessitam de receitas e porque está frio, quero ir logo para casa. Preciso descansar e estar bem preparado para não fazer absolutamente nada na minha sexta-feira antes do meio-dia.
Interrompo a discussão sutilmente com um: - Com licença; e lançando um olhar certeiro e demorado para o crachá do vendedor; fixando os olhos na frase “atendente” e olhando nos olhos dele, repetidamente.
- Trabalha aqui? - pergunto com cinismo, ironia e impaciência. - É, mas você já tirou folga aos sábados, agora vai ter que cobrir fulano...- Grita e gesticula o vendedor com outros dois do lado da caixa, ignorando temporariamente minha.
- Sim senhor, em que posso ajudá-lo? - diz, depois como num piscar de olhos se transforma em atendente de rede de farmácias, com todas as honras e méritos; estufa o peito, ajeita a camisa, arruma o crachá e sorri discretamente.
Então... - digo e vou andando em direção ao balcão de atendimento. - Preciso daquela pomada para passar nos meus lábios, estão prestes a estourar bolhas, pois o frio baixou minha resistência e está ardendo. Quero Aciclovir... - defini.
- Deixe-me ver as lesões... - disse todo atencioso o pseudo-médico. Virei o rosto de bate-pronto e disse: - Traga-me aquela da Medley, não tente me enganar com outras porque sei que ainda não lançaram nada de novo no mercado. - falei, deixando bem claro que tenho longa experiencia em bulas de remédios.
- Tenho esta aqui, olha... - mostrou-me uma genérica. - Hum, deixe-me ver...passe ela no código de barras, - pedi educadamente. - “Pip”: apareceram vários dígitos... - Cara, traga-me a da Medley, que tal? - eu saio feliz e você pode ir lá porque quanto mais você demorar, vai ficar sem ter como escolher os horários das escalas de final de semana. - disse rindo e pensando no bem comum da humanidade.
- Cara, em partes você tem razão, mas para falar a verdade, a contar pelo seu entusiasmo, acho que não vou sair perdendo ficando aqui vendendo remédios por quilo para você! Estou precisando de comissão e a outra marca de pomada me paga bem mais se eu a indicar. - disse-me com extrema sinceridade.
- Pela sua sinceridade eu vou...- interrompeu-me rapidamente antes de concluir dizendo: - Vai levar a outra né? - empolgou-se! - Não meu amigo, quero a da Medley, mas em compensação vou levar não uma, mas duas manteigas-de-cacau; quero as melhores marcas esta bem, não me importo com o preço. - disse com o diabinho já no meu ombro sorrindo. - Há, tem alguma novidade neste setor caro vendedor? Inventaram em spray? Ou algo mais líquido e que não congele? - perguntei. - Então, chegou em formato de bastões roll-on. - disse, cabisbaixo.
- E presta? - perguntei; até porque nunca tinha ouvido falar. - Não cara, ele seca rápido, uma bosta. - Sinceridade on!? - pensei, um vendedor honesto!
- Quanto custa? - perguntei. Ele sorriu e disse: - Cara, já perdi as folgas do fim-de-semana, você vai levar a tradicional mesmo, que é mais cara sim, mas pelo menos funciona! - concluiu. - Está bem, não precisa ficar nervoso, meu amigo, vou levar, não se preocupe. - acalmei-o.
- E o que mais você precisa? - já sem tanto entusiasmo, perguntou. - Cara hoje é seu dia de sorte, preciso daquele polivitamínico, aquele caro pra caralho, o...o... Esqueci o nome, agora ele vai me pegar! - pensei! - Há, o com vitamina “B”, concentrada. - expliquei.
- Vitamina o que? “D”? - Confundiu-se o vendedor!
- Não, colega, vitamina “B”; “B” de @#$%¨& e olhei suspirando para a - digamos saliente atendente de caixa. - Há sim, “B” de (…), entendi. Engraçado, mas geralmente não costumam fazer este tipo de comentário da minha esposa, ainda mais na minha frente... - afirmou falando sério. Fiquei pálido, branco e totalmente sem graça, sem saber onde enfiar a cara.
Tentei consertar: - Então, pensando bem vou levar o dobro de tudo, pode por os mais caros está bem amigo, é até melhor, estas marcas nacionais geralmente não tem a mesma eficácia e para não pairar dúvidas sobre o tipo de vitamina, coloque de A a Z...- disse engolindo seco e sem saber como sair daquela saia justa.
- Hahahahhahahahahhhahahahahaha. - Gargalhou o filho-da-puta! - Relaxa, vamos lá rapaz, continuemos com as vendas; ela é isso mesmo, mas é a esposa do chefe e não minha, portanto tem total razão! - Estava pensando em levar anti-inflamatórios e ataduras depois desta bola fora meu amigo, com medo do estrago que faria na minha cara, assim você me mata do coração; mas então já que não morri, por favor me veja aquele envelope de camisinhas. - sorri olhando para a mulher do chefe! - sorriso amarelo e brilhante e com um "ufa"...
- Hum, deixe-me ver, o que mais preciso? - pensei falando alto... - Barbeador e umas latas de leite NAN. - Intrometeu-se. - Barbeador sim, mas porque leite NAN? Por acaso estou desnutrido “doutor atendente”? - questionei não entendendo onde queria chegar. - É o que tenho de mais caro aqui que e pode vendido sem receita médica, leve uma caixa fechada e faça um vendedor feliz! - Hehe! - Vá ganhar às custas de aposentados, meu caro - sorri!
- Vamos lá cara, traga-me a atendente, digo complexo “B”, quero tirar a embalagem e ver a bula para saber quantos miligramas tem realmente. - Só trago se for realmente comprar! - disse com petulância. - Traga logo senão vou ser obrigado a apontar para a mulher do seu chefe e rir, acho que ela não vai gostar que estamos reparando em detalhes da sua anatomia. - Virei o jogo; sou bom nisso! - Aqui está! O que mais precisa “senhor cliente”! - disse aceitando a sua derrota e rangendo os dentes!
Tem gente que não tem medo do perigo mesmo, mas gostei deste cara...é um desperdício de talento, tem bom humor, pensei – mas que está comendo a mulher do chefe, com certeza está, filho da puta!
- Você tá saindo com ela né cara? - chutei o balde, foda-se ele estava feliz com a boa comissão das vendas e ainda a "comição" da patroa. - Garoto esperto, nem precisa de vitamina “B”; tem raciocínio rápido. - concluiu o vendedor.
Fiquei ainda mais uns vinte minutos, comprei remédios para sintomas da gripe, antiácidos, preservativos, anti-inflamatório, pílulas de cafeína concentrada, esparadrapo, gaze, paracetamol (meu coringa) água oxigenada, band-aid e um monte de coisa que mal lembro o nome ....Peguei minha cestinha pela boca com remédios e afins , feliz da vida por achar tudo o que eu dia vou precisar (ou não) fui para o caixa segurando o riso.
Olhei para o vendedor e ele disse em tom irônico: - Tome a “vitamina” sempre ingerindo algum liquido, geralmente antes de ir dormir, caso não resolva seu problema, procure outra “vitamina”; há inúmeras no mercado, esperando para serem testadas. Tenha uma boa noite senhor e se precisar, procure-nos, estamos aqui para servi-lo! - concluiu formalmente - irônico e satisfeito com a vultuosa venda.
- Débito ou crédito moço? - perguntou sorridente a vitamina, digo a caixa, dona da farmácia. -
-Débito senhora, débito, por favor. - disse eu, serio e formal.
- Pode colocar o cartão, mas com força porque a máquina está com problema querido. - disse serelepe e inclinando-se para mim. - Foi combinado isso né - pensei! Olhei novamente para o vendedor e ele discretamente sorria e espanava o balcão como se nada tivesse acontecendo.
Peguei meu comprovante fui embora. Entrando no carro me lembrei....- Esqueci a dipirona em gotas, mas que droga!
(Diálogo real, sem nenhuma adaptação - aconteceu às 22:49, do dia 04/06/2009, em Foz do Iguaçu, avenida Silvio Américo Sasdelli; Só não me perguntem o nome da farmácia, por favor).
quinta-feira, 4 de junho de 2009
férias, vacation, urlaub, vacaciones, vacances, vacanza. vakantie.
- Segundo a Lei Áurea; Carta Magna - popularmente “desconhecida” como Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, as férias são:
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
...Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
...XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
- Seguindo o Ordenamento Jurídico, os parlamentares Estaduais fazendo seu papel e para não perder o costume, inserindo alguns artigos descabidos que fiz questão de deletá-los: Férias...
LEI Nº 6.174
Data 16 de novembro de 1970
SÚMULA: Estabelece o regime jurídico dos funcionários civis do Poder Executivo do Estado do Paraná.
CAPÍTULO V
DAS FÉRIAS
...Art. 151 Durante as férias, o funcionário terá direito a todas as vantagens, como se estivesse em exercício...
...Art. 153 O funcionário promovido, removido ou transferido, quando em gozo de férias não será obrigado a interrompê-las...
- Para que não sobressaiam as dúvidas gramaticais, de interpretação e congêneres: as definições do dicionário: "para todas as coisas..." (Como bem definiu Fernando Reis, na sua composição “Diariamente”) .
fé.rias:
s. f. 1. Dia de semana. 2. Soma dos salários de uma semana. 3. Salário de operário. 4. O que diariamente se apura das vendas de uma casa comercial. S. f. pl. Dir. trab. Tempo de repouso a que fazem jus funcionários, empregados, escolares etc.
- Para os preguiçosos e/ou praticos, a Wikkipedia: Férias...
Férias Laborais
Brasil
No Brasil, a legislação trabalhista estabelece um mínimo de 20 ou 30 dias consecutivos por ano de férias, sendo que aqueles que têm apenas 20 dias podem requerer compensação pelos outros 10 dias em forma de aumento no salário. Um trabalhador deve gozar as férias necessariamente entre 12 e 24 meses decorridos desde data da sua contratação, ou desde as últimas férias.
O objetivo das férias é proporcionar um período de descanso. Sendo assim, o trabalhador não pode se privar das férias nem por vontade própria e deverá consumir no mínimo 1/3 do período.
No Brasil, o direito às férias foi conquistado, junto com outros direitos dos trabalhadores, após as greves operárias do início do século XX na luta por melhores condições de trabalho, melhores salários e garantias trabalhistas.
- Férias 2009, por eu mesmo:
Devido a mudança de escala no trabalho não tive a oportunidade de escolher o mês de férias para me beneficiar; (lembram-se do artigo que apaguei, falava justamente sobre isso: tenho o direito e obrigação de tirá-las, mas a oportunidade é de acordo com a Administração e para não tumultuar planilhas e obrigar a ter um sorteio e ser esfaqueado pelos meus colegas de plantão resolvi assinar o termo).
A faculdade, provas, seminários e as viagens que já fiz este ano - somado ao fato de que o “benefício” inciso XVII, do art. 7º sequer cobriu meu limite na conta corrente – tiveram grande peso, por decidir-me a ficar por aqui; mas deleitando-me com alguns clássicos que quero ler; ver todos os episódios do meu seriado favorito, tomando chá de limão natural com hortelã, nada de saquinhos; fazer visitas esporádicas aos meus amigos casados, para não perder a noção de “família”; dedicar mais tempo durante o dia para meus amigos boêmios, fazendo questão de acordá-los antes do meio-dia; visitar diariamente o supermercado para pegar sempre as hortaliças frescas e quem sabe uma viagem curta? Aproximadamente trezentos quilomentros, um final de semana apenas - nada que afete o psicológico da gerente do meu banco - afinal de contas é um lugar legal, com mais de 500 anos de cultura, história, ruínas...
O Banco do Brasil se gaba por apoiar e divulgar a cultura nacional, lugares históricos, diversidades e bla,bla,bla; Pode ser um bom argumento para pedir um aumento de limite de crédito! (Ela só não precisa saber que a viagem é para o interior de outro País)!