Ultimamente, tenho evitado as pessoas em geral, é verdade - mas de uma forma tão acintosa que caracterizou-se como algo pessoal para quem convive comigo. E é; pessoal meu, individual, optativo.
É só um tempo à efusividade do mundo; uma depressão pós-inverno. Um ócio solitário; um daqueles momentos em que você quer ficar alheio às conversar, mundos particulares, longe de situações artificiais ou qualquer assunto que tome mais de dois minutos do seu precioso tempo.
Estou tão consciente, mais do que imaginava. Ultimamente tenho mais observado do que opinado; meu ímpeto – uma mistura de salvador da pátria com ativista sentimental - desinflou-se, ficando apenas a necessidade de auto-proteção. Esta sim, vital e imprescindível.
- Olá tudo bem? Sim tudo bem... (silêncio). “Este usuário não pode mais receber mensagens on-line...”
Ultimamente tenho feito tudo sozinho: tomado decisões sozinho, aprendendo, conversado, concluído e me divertido sozinho. As oportunidades estão passando ao meu lado e eu com olhar de repulsa ou desleixo as deixo esperar ou me finjo de morto até que desistam.
Minha expressão mudou radicalmente; arranque um sorriso de mim e comemore! Não, não estou triste, estou satisfeito. A minha satisfação vem do não-sofrimento e, necessariamente não precisa ser diretamente a felicidade; contento-me com a estabilidade emocional.
Quem me viu, quem me verá...?
Supersticioso que sou, anos ímpares me agradam, geralmente reservam-me boas surpresas, contudo apenas no primeiro semestre; 1993, 1999, 2001, 2005, foram literalmente anos ímpares, mas este, este especificamente está sendo um ano "arredondado" ao par. Um ano vivido, passado, não definitivamente conquistado.
Eu me afastei das pessoas, é verdade. Mas estou bem; quero manter uma distância considerável do meu mundo e dos outros. Eu aqui, eles lá. Restaram-me apenas as obrigações, as que tenho que ver por obrigação, por convívio e, estas, eu filtro. Talvez eu mande e-mails, talvez eu ligue, talvez eu durma...
- Olá tudo bem? Sim tudo bem... (silêncio). Onde vai? Vou ali, já volto, depois nos falamos.
Sua presença cativante, e-mails e telefonemas fazem falta, é verdade. Mas, pelo menos, sua fase reclusa não afetou a produção de seus textos... Seria tão ou igualmente ruim ficar sem eles (para meu deleite, um pedacinho de você).
ResponderExcluirAss: Ju